Jornal infiltra bomba falsa em parque olímpico de Londres

Um jornal constrangeu os organizadores dos Jogos Olímpicos de 2012 neste domingo ao revelar que passou por dois postos de verificação e infiltrou uma bomba de mentira no complexo londrino que sedia os principais estádios do evento esportivo. O Sun realizou a façanha na sexta-feira, ao final de um exercício militar antes das Olimpíadas, que […]

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Um jornal constrangeu os organizadores dos Jogos Olímpicos de 2012 neste domingo ao revelar que passou por dois postos de verificação e infiltrou uma bomba de mentira no complexo londrino que sedia os principais estádios do evento esportivo.

O Sun realizou a façanha na sexta-feira, ao final de um exercício militar antes das Olimpíadas, que incluiu um navio de guerra no rio Tâmisa e planos de posicionar mísseis nos telhados nas imediações do local dos jogos, no sul de Londres.

O departamento governamental responsável pela segurança interna informou ter pedido aos organizadores das Olimpíadas que investiguem o incidente e o relatem com urgência à ministra do Interior, Theresa May.

O jornal informou que entregou o falso artefato -uma caixa de plástico contendo arames e massa plástica inofensiva- ao motorista de uma escavadeira mecânica que trabalha na construção do parque, que passou pelos seguranças e adentrou o local com o pacote.

O motorista havia entrado em contato com o jornal se dizendo preocupado por só ser revistado quando chegava de manhã, e que podia sair e voltar sem novas inspeções.

“Se eu tivesse conexões terroristas poderia estar trazendo explosivos, armas químicas, qualquer coisa”, teria dito ele segundo a publicação, sem revelar sua identidade.

Um vídeo publicado no site do jornal mostrou o motorista sendo liberado em dois postos de controle. Ele também tirou fotos de si mesmo com a falsa bomba perto do estádio principal, um dia antes de este ser aberto oficialmente em um evento de teste com uma plateia de 40 mil pessoas.

A Grã-Bretanha está investindo mais de um bilhão de libras esterlinas (1,6 bilhão de dólares) para proteger as Olimpíadas no que será a maior operação de segurança em tempos de paz do país.

Caças militares Typhoon e helicópteros Lynx estarão à disposição para defender eventuais ataques nos moldes do de 11 de setembro, e uma força de 24 mil guardas e soldados estará em tera para proteger os locais das competições, onde os espectadores passarão por detectores como os dos aeroportos.

Por ser uma das maiores apoiadoras das invasões dos EUA no Iraque e no Afeganistão, a Grã-Bretanha é vista como alvo preferencial de terroristas.

Os organizadores das Olímpiadas disseram que irão investigar as alegações do jornal, acrescentando que a segurança irá aumentar significativamente à medida que a data de início do evento, 27 de julho, se aproximar.

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