Interesses partidários esquentam briga para eleger presidente da Câmara

Após derrota para Alcides Bernal (PP) na eleição em Campo Grande o prefeito Nelsinho Trad (PMDB) e o governador André Puccinelli (PMDB) preferiram dizer que a eleição tinha acabado e que não prejudicariam o prefeito eleito. Nelsinho chegou a dizer que não daria palpite na escolha do presidente e Puccinelli garantiu que não meteria o “bedelho”, mas não resistiu.

A intromissão de Puccinelli, que instigou o grupo por ele comandado, fez rachar o chamado “Grupo dos 18”, criando um terceiro turno eleitoral em Campo Grande. Aliados de Puccinelli tentam eleger Mário Cesar na presidência para barrar Bernal na Câmara. Com o controle da Casa, os subordinados podem derrubar projetos do prefeito ou mesmo aprovar emendas que prejudicam a administração, já que podem rejeitar vetos do prefeito.

Já a vereadora Rose Modesto (PSDB), indicada por Alcides Bernal (PP), conta até o momento com os vereadores Edson Shimabukuro (PTB), Thais Helena (PT), João Rocha (PSDB), Alceu Bueno (PSL), Gilmar Nery (PRB), Luiza Ribeiro (PPS) e Paulo Pedra (PDT).

Estavam fora do Grupo dos 18 os vereadores Edil Albuquerque (PMDB), Dr. Jamal (PR), Chocolate (PP), Cazuza (PP), Ayrton Araújo do PT, Delei Pinheiro (PSD), Coringa (PSD), Paulo Siufi (PMDB), Chiquinho Telles (PSD), Zeca do PT e Herculano Borges (PSC).

Edil e Jamal já declararam candidatura. Porém, caso abram, sinalizam para um empate, já que Edil é aliado de Puccinelli, e Jamal já declarou apoio a Bernal. Os três vereadores do PSD ainda não definiram o voto entre Rose e Mário Cesar, já que foram orientados a votar em Edil. Embora seja do PMDB, o vereador Paulo Siufi declarou que não pretende prejudicar o prefeito eleito, Alcides Bernal, e o voto dele é uma incógnita, já que sempre se pautou pela independência.

Na briga pelos 11, Rose pode conseguir um bom desempenho se manter do lado dela os aliados de Bernal: Cazuza, Chocolate, Ayrton Araújo, Zeca do PT e Herculano Borges , que já integra a base do prefeito eleito. Considerando os interesses partidários, Bernal está bem perto de fazer o presidente da Casa, já que conta com a maioria entre os 11 que ficaram de fora do grupo dos 18.