A direção do Internacional já botou todas as cartas na mesa. O meia D’Alessandro e seu procurador sabem tudo aquilo que os gaúchos podem fazer, e pagar, para que a saída para a China não ocorra. Ao mesmo tempo em que confirma a oferta de reajuste salarial, o colorado estabelece o prazo de dois dias para encerrar o caso.

“O D’Alessandro e seu procurador [Matias Aldao] já sabem o que podemos fazer. Tivemos uma conversação diária, nos últimos seis dias. Há um esforço grande do Inter, acima do normal, mas temos um limite. E eles já sabem qual é”, afirmou o presidente do Internacional, Giovanni Luigi.

O clube gaúcho não abre os detalhes da proposta de aumento. A especulação da participação de investidores no negócio – que poderiam arcar com metade do salário, não é confirmada. O que o Inter quer é ter uma posição de D’Alessandro até sábado.

“Eu espero, não quero assumir um compromisso público, mas espero resolver esta situação nas próximas 48 horas”, definiu o mandatário.

O prazo se justifica pela viagem para Colômbia. Na segunda, o elenco principal embarca para Manizales, onde encara o Once Caldas na quarta, pela pré-Libertadores.

Aclamado pela torcida no jogo de ida da Libertadores, D’Alessandro falou em tom de despedida depois do apito final. Os familiares do argentino vieram para Porto Alegre, participar da decisão de deixar, ou não, o Internacional.

Desejado pelo Shanghai Shenhua, D’Alessandro já se mostrou inclinado a rumar para China. Na Ásia, o meia pode ganhar um milhão de reais por mês, em um contrato de dois anos.