Alguns fazem a pessoa acordar repetidas vezes durante a madrugada ou, então, com mínimos ruídos. Pesquisador acredita que seja uma característica evolutiva

Estudo do Instituto de Neurociência da Holanda identificou um novo grupo de pessoas que sofrem de insônia. Elas nascem com genes que impedem o sono fácil, como mostra reportagem do jornal britânico Daily Mail. Isso significa que, em boa parte das vezes, não atingem os sentimentos de relaxamento que leva um indivíduo normal a dormir em até 15 minutos. Ao contrário, parecem ficar em estado de alerta permanente, o que torna um sono prolongado algo praticamente impossível.

A pesquisa também mostra que há outros genes hereditários da insônia. Alguns fazem a pessoa acordar repetidas vezes durante a madrugada ou com mínimos ruídos. Ao todo, suspeita-se que existam seis diferentes tipos do problema gerados pelo DNA, o que significa que será possível produzir, no futuro, remédios para bloquear os efeitos químicos produzidos.

Para chegarem aos resultados, os pesquisadores enviaram um questionário a 10 mil pessoas. O teste fazia perguntas sobre os hábitos de sono de cada um. De acordo com os resultados, os cidadãos foram divididos em grupos. Os que possuíam o problema de maneira mais grave passaram por exames de sangue e saliva.

Autor do estudo, Eus van Someren diz que os genes da insônia remontam aos ancestrais da humanidade. Um ou dois membros de uma tribo ganhavam a confiança do grupo para permanecerem acordados enquanto o restante dormia, assim poderiam fazer a segurança do local. Revela também que o problema raramente afeta as crianças, mas parece ficar mais intenso na fase adulta, por razões ainda desconhecidas.

Até recentemente, a insônia era considerada um desconfroto psicológico causada por estresse, dor ou simplesmente excesso de trabalho ou de viagens. Agora, porém, médicos estão descobrindo novas explicações genéticas para o fato de ao menos um terço das pessoas no mundo apresentarem constantes problemas com o sono.