Em previsões divulgadas na manhã desta segunda-feira, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) se mostrou pessimista em relação ao ritmo da produção industrial. A estimativa é de redução de 0,6% (ou seja, a atividade da indústria será menor em 2012 do que foi em 2011). Em contrapartida, para o ano que vem a estimativa é de alta de 4,1% na produção industrial.

Quanto ao crescimento da economia brasileira para este ano a entidade prevê expansão do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todas as riquezas produzidas no País, de apenas 0,9%. Já para o ano que vem, a estimativa da indústria é de 4%, número que se aproxima da previsão oficial, que varia entre 4% e 5%.

A principal razão para o baixo crescimento previsto para 2012 é a piora do cenário econômico mundial, que afetou todos os países. A crise financeira impediu os investimentos em máquinas, equipamentos e modernização do parque industrial, a chamada formação bruta de capital fixo. Este ano, os investimentos em infraestrutura no Brasil foram 4,5% menores do que em 2011. Para 2013, a previsão da indústria é um aumento de 7% na formação bruta de capital fixo.

As previsões da CNI mostram, no entanto, que a economia se sustentará neste e no próximo ano devido à demanda das famílias. O consumo vai aumentar 3,1% em 2012 e 3,8% em 2013, o que é explicado pela baixa taxa de desemprego. Este ano, a estimativa da entidade é que 5,5% da população economicamente ativa fique desempregada, número que vai cair para 5,3% em 2013.