Mesmo com dispositivos de rastreamento, o índice de recuperação dos veículos roubados caiu de 95% para 65%. Segundo dados divulgados pelo CQS (Centro de Qualificação do Corretor de Seguro), o mercado tem sido alvo de ações de quadrilhas especializadas em tecnologia, que utilizam dispositivos para inibir a funcionalidade dos rastreadores.

De acordo com o analista técnico do Cesvi Brasil, Paulo Roberto Weingärtner Junior, os rastreadores, como todo equipamento de segurança, dispõe de vulnerabilidade e os criminosos já dominam a tecnologia, o que têm impactado na recuperação dos veículos roubados.

O dispositivo usado para inibir a funcionalidade dos rastreados é conhecido como Jammer e vendido em lojas de eletrônicos. “Trata-se de um bloqueador de sinais que interfere na captação de localização GPS e na comunicação do rastreador com os serviços de telecomunicação celular e satélite. A perturbação gerada faz com que não haja conexão, consequentemente, não há transmissão de dados à central de monitoramento”, explica o analista.

Recuperação do índice

Segundo o analista, para alavancar o índice de recuperação de veículos roubados, as empresas precisam criar ações preventivas.

Segundo ele, uma forma de ocultar o rastreador pode oferecer muito retorno na recuperação. “Porém, essas práticas, às vezes, são deixadas de lado. O rastreador é somente uma ferramenta e o mercado deve aprender a usá-lo melhor”, explica Weingärtner.

O analista também informou que alguns testes antijammer tem sido realizados em veículos recebidos pelo Cesvi, porém, sem muitos resultados.