IBGE: número de imigrantes no Brasil sobe quase 87% em 10 anos

O Censo 2010 registrou um grande aumento no movimento de entrada no país em relação a 2000. Foram 286,5 mil imigrantes internacionais pelo critério de data-fixa, ou seja, indivíduos que residiam no Brasil na data de referência do Censo, mas que moravam em um país estrangeiro cinco anos antes. Esse número foi 86,7% maior do […]

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O Censo 2010 registrou um grande aumento no movimento de entrada no país em relação a 2000. Foram 286,5 mil imigrantes internacionais pelo critério de data-fixa, ou seja, indivíduos que residiam no Brasil na data de referência do Censo, mas que moravam em um país estrangeiro cinco anos antes. Esse número foi 86,7% maior do que em 2000 (143,6 mil).

Os principais estados de destino desses imigrantes foram São Paulo, Paraná e Minas Gerais que, juntos, receberam mais da metade dos imigrantes internacionais do período. Do total de imigrantes internacionais, 174,6 mil (65,0%) nasceram no Brasil, portanto eram imigrantes internacionais de retorno.

Em 2000, foram 87,9 mil imigrantes internacionais de retorno, 61,2% dos imigrantes do período. Os principais países de origem dos imigrantes foram os Estados Unidos (51,9 mil imigrantes), Japão (41,4 mil), Paraguai (24,7 mil), Portugal (21,4 mil) e Bolívia (15,8 mil). Em 2000, os principais países de origem eram o Paraguai (35,5 mil), Japão (19,7 mil), Estados Unidos (16,7 mil), Argentina (7,8 mil) e Bolívia (6,0 mil).

Santa Catarina teve o maior crescimento de imigrantes do país de 2000 para 2010

O Censo 2010 detectou uma redução na migração interna da população. Entre 1995 e 2000, havia 30,6 migrantes para cada mil habitantes, enquanto que de 2005 a 2010, eram 26,3 migrantes para cada mil habitantes.

O aumento do número de imigrantes em Santa Catarina, que foi de 59,1% entre os dois períodos, resultou em um saldo migratório (balanço entre entradas e saídas de pessoas) entre 2005/2010 de 174,1 mil pessoas, quase o triplo do saldo contabilizado em 1995/2000, que foi de 59,9 mil pessoas.

Os estados da Região Nordeste continuam a perder população, a exceção dos estados do Rio Grande do Norte e Sergipe, que apresentaram saldo migratório positivo.

Percentual de migrantes de retorno foi maior entre os estados do Nordeste

Em 2000, os migrantes de retorno representavam 22,0% do total de migrantes (1,1 milhão de pessoas) do Brasil. Em 2010, esse percentual subiu para 24,5% dos migrantes (1,23 milhão de pessoas).

A “migração de retorno”, referente às pessoas que nasceram no mesmo estado em que residiam na data de referência do Censo, mas que moravam em outra unidade da Federação cinco anos antes representou mais de 40,0% entre os estados da Região Nordeste, com exceção do Rio Grande do Norte e Sergipe.

O maior percentual de imigrantes de retorno do país, de 46,6%, foi encontrado no estado do Ceará e o segundo maior, 44,2%, no Rio Grande do Sul.

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