A direção do HU (Hospital Universitário) da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) vai se reunir na próxima quarta-feira (7), para rever a contratualização do hospital, incluindo as grades de valores dos serviços prestados ao SUS (Sistema Único de Saúde). Dentre as revisões, está a questão salarial dos médicos que atuam na Ginecologia e Obstetrícia e que, atualmente, já negociam um aumento considerado inviável para o HU.

Desde que assumiu a prestação de serviços de Ginecologia e Obstetrícia em 2011, o hospital da Universidade vem se estruturando para atender mulheres, gestantes e bebês. Além dos investimentos em estrutura física e de pessoal, projetos em parceria com outros órgãos e instituições estão sendo elaborados para melhorar o atendimento à comunidade.

Um dos problemas enfrentados nesse setor está a questão salarial dos médicos que pede revisão dos valores pagos por plantão. Até dezembro, a categoria recebia R$ 600,00 por plantão de 12 horas, valor reajustado em 41,6% para R$ 850,00, totalizando um salário mensal de R$ 17 mil, por exemplo, para um profissional que atua em 20 plantões no mês. Ou seja, um salário maior do que de um reitor e do próprio prefeito da cidade.

“Negociar valores maiores do que já vem sendo pago está insuportável para o HU. Estamos fazendo todo esforço para tentarmos chegar num acordo adequado para a categoria e para o hospital. Tanto que os médicos já tiveram um reajuste salarial de 41,6% em dezembro. Temos dificuldades financeiras e estamos buscando viabilizar outros financiamentos junto à prefeitura, Ministério da Educação e Ministério da Saúde”, enfatizou o diretor geral, professor doutor Wedson Desiderio Fernandes.

O diretor disse ainda que espera que a categoria, que tem sido parceira do HU/UFGD, compreenda as dificuldades atuais da Instituição.

Depois da reunião na semana que vem sobre a revisão da contratualização, a direção do HU/UFGD vai se reunir com a Prefeitura de Dourados e apresentar suas propostas.