Hospital mantido por junta interventora tem registro de outros casos de erro médico

O hospital municipal de Bonito – que desde 2010 é mantido por uma junta interventora, pois segundo o MPE (Ministério Público Estadual) não vinha funcionando a contento – tem registro de outros casos de possível erro médico. No dia 23 de março, morreu no parto, Angela Vieira Gomes, 34, e seu bebe. A informação é […]

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O hospital municipal de Bonito – que desde 2010 é mantido por uma junta interventora, pois segundo o MPE (Ministério Público Estadual) não vinha funcionando a contento – tem registro de outros casos de possível erro médico. No dia 23 de março, morreu no parto, Angela Vieira Gomes, 34, e seu bebe. A informação é de que os médicos tentaram induzir parto normal, mesmo sabendo que a preferência, no caso da paciente, era de cesariana.

Foi registrado um BO e instaurado um inquérito policial para apurar o caso. Entretanto, uma semana depois, a junta interventora verificou que o prontuário tinha sido adulterado, com informações adicionais que só apareceram sete dias depois da morte da parturiente e acionou o MPE (Ministério Público Estadual) para apurar a adulteração.

O promotor de Justiça responsável, Thalys Franklyn de Souza, abriu dois procedimentos, sendo um para apurar a possível improbidade administrativa e um inquérito criminal para apurar a falsificação. A promotoria informou que as testemunhas ainda serão ouvidas sobre esse caso. Já o assessor jurídico da junta, José Amezi de Oliveira, informou que esse caso está sendo devidamente apurado.

“Depois de instaurado o boletim de ocorrência, ficamos sabendo que o médico adulterou o prontuário. O MPE nos informou que vai ajuizar uma ação civil pública de improbidade e em uma eventual condenação esse profissional ficará impedido de atuar por tempo determinado”, explicou.

Produtor rural que morreu de infarto foi diagnosticado com gastrite

Outro caso que aconteceu este ano foi o do produtor rural Vicente Flores Neto, 56. Segundo o filho dele, Jakson Flores, 35, seu pai teria passado mal na fazenda, no dia 19 de janeiro e mesmo tendo avisado sobre o histórico familiar de doença cardíaca, o médico de plantão, Diobelson Teodoro de Souza, diagnosticou uma gastrite. “O médico disse que era gastrite e como no hospital não tinha medicamento, meu irmão foi à farmácia, mas quando voltou ele já tinha falecido de infarto do miocárdio”, declarou.

A assessoria jurídica do hospital declarou que Vicente já vinha de um histórico comprometedor, no qual o irmão dele já havia passado por diversas vezes no hospital, além de sedentarismo. “Todas as vezes que acontece alguma anormalidade nos avocamos os prontuários e tomamos todas as providências. Nunca nos omitimos. O interessante seria avaliar a situação antes e depois da instalação da junta, porque criticar é muito fácil, quero ver vir aqui e assumir a responsabilidade”, concluiu.

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