Hora do Planeta: de Mandela a astronautas, mundo apaga luzes

Cidades em todo o mundo desligaram luzes durante sessenta minutos neste sábado para a Hora do Planeta. O evento, criado pela ONG ambientalista WWF, ocorreu às 20h30 no horário local de cada país. Na Austrália, onde a campanha contra a poluição causada por combustíveis fósseis foi concebida, o famoso porto da cidade ficou no escuro. […]

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Cidades em todo o mundo desligaram luzes durante sessenta minutos neste sábado para a Hora do Planeta. O evento, criado pela ONG ambientalista WWF, ocorreu às 20h30 no horário local de cada país.

Na Austrália, onde a campanha contra a poluição causada por combustíveis fósseis foi concebida, o famoso porto da cidade ficou no escuro. De acordo com os organizadores, o evento já quebrou recordes de adesão no sudeste da Ásia. Na China, monumentos como a Grande Muralha e o estádio Ninho de Pássaro, criado para a Olimpíada de Pequim em 2008, tiveram as luzes apagadas.

De acordo com a embaixada dos Estados Unidos em Seul, na Coreia do Sul, mais de 74 mil edifícios apagaram as luzes. Em 2011, mais de 5 mil cidades participaram da campanha, criada em 2007 pela WWF. Este ano, Líbia e Iraque também se juntam ao evento.

O correspondente da BBC em Sidney, Phil Mercer, diz que astronautas da Estação Espacial Internacional afirmaram que também apagariam as luzes durante uma hora.

Segundo a WWF, 131 cidades brasileiras aderiram oficialmente ao evento em 2012, incluindo 27 capitais. Horas antes, a diretora-geral da Unesco, Irina Bokova, fez um comunicado aos participantes da campanha em todo o mundo, dizendo que a Hora do Planeta é “uma oportunidade para mostrar comprometimento e um momento de reflexão sobre o planeta.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, afirmou em um comunicado em vídeo que a ONU participaria do evento e que “desligar as luzes é um símbolo de compromisso com a energia sustentável para todos”.

Ele também pediu a adesão de governos e organizações. “Precisamos alimentar nosso futuro com energia limpa, eficiente e acessível. Agindo juntos, podemos criar um futuro mais brilhante”, disse.

Em seu perfil no Twitter, o ex-presidente da África do Sul Nelson Mandela também manifestou apoio à campanha.

Críticos dizem que a campanha é ineficiente contra o uso de combustíveis fósseis, já que concentra esforços em uma ação pontual. A WWF, no entanto, diz que a Hora do Planeta é um ato simbólico que ajuda à reflexão e à conscientização sobre as mudanças climáticas.

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