O pré-candidato a prefeito de São Paulo pelo Partido dos Trabalhadores (PT), Fernando Haddad, afirmou neste sábado, em São Paulo, que a atual gestão do município desorganizou o sistema de saúde da cidade e que a intenção do Estado de disponibilizar 25% dos leitos públicos hospitalares gerenciados por Organizações Sociais a particulares e planos de saúde é uma temeridade. Ao lado do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ele participou de um seminário sobre saúde para colher ideias para o programa de governo de sua candidatura, que será apresentado nos próximos meses.

Apesar de a gestão estadual não fazer parte de suas atribuições como candidato e prefeito, Haddad disse que pretende se juntar ao Ministério Público, que concedeu liminar no ano passado impedindo o repasse dos leitos. “Isso tudo aconteceu e em nenhum momento a Prefeitura se manifestou. Vamos propor a construção de novos hospitais na cidade, mas caso esses leitos estaduais sejam perdidos, continua tudo praticamente na mesma”, afirmou.

Haddad diagnosticou como problemas agudos da cidade a mobilidade urbana e a habitação, e outros dois crônicos: saúde e educação. Segundo ele, serão os temas centrais de sua campanha. “Durante a campanha, vamos discutir muito esses assuntos com a população. A cidade de São Paulo necessita mais cuidados. Vou visitar, inclusive outras cidades, que obtiveram êxito nessas questões, para aproveitar ideias que tiveram êxito”, disse.