Hackers anti-Israel, que a agência nuclear da ONU acusou esta semana de publicarem dados online roubados de um de seus servidores, afirmaram em um novo comunicado que haviam divulgado material confidencial obtido da agência.

A declaração foi publicada em um site horas depois de o chefe nuclear da ONU, Yukiya Amano, ter dito na quinta-feira que não acredita que informações nucleares sensíveis de “salvaguardas” haviam sido comprometidas.

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), cuja missão é impedir a disseminação de armas nucleares no mundo e que está investigando as atividades nucleares iranianas, não quis comentar a nova declaração nesta sexta-feira.

Os hackers publicaram em um site no domingo listas de endereços de email de especialistas que trabalham com a agência da ONU, e pediram que a AIEA investigasse a atividade nuclear de Israel.

Na quinta-feira, Amano disse que isso era “profundamente lamentável”, mas expressou confiança de que nenhuma informação sensível sobre inspeções nucleares da agência havia sido roubada. Ele informou que a invasão aconteceu há alguns meses.

A nova declaração dos hackers, em nome de Parastoo (que em persa significa andorinha, uma espécie de ave, e também pode ser o nome de uma menina), disse que o grupo estava agora publicando mais dados online “para provar a nossa capacidade de ter acesso a informações altamente confidenciais”.

Isto incluiu “documentos confidenciais, imagens de satélite, cartas oficiais, apresentações”, disse o comunicado datado de 29 de novembro, com links para o que afirma ser tal informação.

A autenticidade do material — postado no mesmo site da declaração de domingo — não pôde ser imediatamente verificada.

“Não é óbvio para mim ao olhar para as imagens de satélite que as imagens contêm dados sensíveis e confidenciais da AIEA”, disse o especialista nuclear Mark Hibbs, do instituto Carnegie Endowment.