Guarani e Ponte duelam no dérbi mais importante dos últimos 30 anos

Desacreditados na primeira fase do Campeonato Paulista, Guarani e Ponte Preta tiveram campanhas regulares e acabaram enfrentando os ‘grandes’ Palmeiras e Corinthians nas quartas de final. Ainda mais sem crédito, as duas equipes conseguiram avançar e fazem, neste domingo, às 18h30 (de Brasília), um dérbi valendo vaga na decisão, no estádio do Brinco de Ouro […]

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Desacreditados na primeira fase do Campeonato Paulista, Guarani e Ponte Preta tiveram campanhas regulares e acabaram enfrentando os ‘grandes’ Palmeiras e Corinthians nas quartas de final. Ainda mais sem crédito, as duas equipes conseguiram avançar e fazem, neste domingo, às 18h30 (de Brasília), um dérbi valendo vaga na decisão, no estádio do Brinco de Ouro da Princesa, em Campinas.

Com a motivação em alta, os arquirrivais se encontram pela segunda vez no ano do centenário do clássico. No dia 24 de março, ainda pela fase de classificação, com gols marcados por Diego Sacoman e Fumagalli, Bugre e Macaca empataram por 1 a 1, aumentando o grau de imprevisibilidade da semifinal deste domingo.

Os últimos dérbis campineiros que chamaram a atenção de todo o País ocorreram no final dos anos 70 e início dos 80, época áurea dos dois times. No Campeonato Paulista de 1979, a Ponte venceu por 2 a 1 e 1 a 0, dentro e fora de casa, pelas semifinais, mas acabou derrotada pelo Corinthians na decisão. Em outro confronto, desta vez pela decisão do primeiro turno do torneio de 1981, a Macaca empatou por 1 a 1 no Brinco, mas venceu por 3 a 2 no Moisés Lucarelli e avançou para cair diante do São Paulo.

Pelo lado do Guarani, o dérbi decisivo marca um momento de afirmação após meses mergulhado em crise. Em 2011, a equipe deveu cinco meses de salários, chegou perto de vender o Brinco de Ouro, seu maior patrimônio, e ainda teve toda a diretoria destituída em assembleia histórica com participação marcante dos torcedores.

Sob nova direção e o velho conhecido Vadão no comando técnico, a equipe se reformulou completamente e fechou a primeira fase do Paulistão com 11 vitórias, três empates e cinco derrotas, na quarta colocação.

Já a Ponte Preta, que assegurou a classificação em oitavo, com campanha irregular – oito vitórias, quatro empates e sete derrotas -, encara o segundo dérbi do centenário com a segurança de um clube de Série A do Campeonato Brasileiro e que precisa mostrar sua força depois de eliminar o Corinthians, atual campeão nacional, em pleno Pacaembu.

Com Gilson Kleina no comando, a Macaca tenta voltar a uma final de Paulistão depois de quatro anos. Em 2008, a equipe perdeu o título para o Palmeiras. Vivendo bons momentos em suas equipes, os treinadores são personagens ímpares do confronto.

Enquanto Gilson Kleina conta vantagem recente, com um empate e duas vitórias sobre o Guarani em três partidas, Vadão é o principal nome do dérbi, com quatro clássicos disputados por cada uma das equipes: no Bugre foram três vitórias e um empate, na Macaca, três empates e uma vitória.

Dentro de campo, Vadão não poderá contar com o volante Wellington Monteiro – que também não participou da partida na fase de grupos – e com seu substituto Willian Favoni, que levou o terceiro cartão amarelo contra o Palmeiras, no último domingo. Na cabeça de área, o treinador estuda opções: o zagueiro Ewerthon Páscoa, improvisado, concorre com o volante Rafael Araújo e com o meio-campista Bruno Neves por uma oportunidade.

Fumagalli, com lesão crônica no tornozelo, e Fabinho, com dores na região do púbis, preocupam, mas não devem ser problemas A principal motivação de Vadão para a partida é atingir uma inédita decisão de Campeonato Paulista: “Vai representar para mim algo que nunca consegui. Já fui vice-campeão baiano na minha outra passagem pelo Vitória, já fui campeão paranaense e já cheguei em finais em outros lugares também, mas do Campeonato Paulista eu nunca tive a oportunidade de ter participado de uma final, então é uma grande oportunidade na minha carreira, é um feito histórico”.

Na Ponte, os únicos problemas também são no meio-campo: suspensos pelo terceiro cartão amarelo, William Magrão e o improvisado Cicinho estão fora do confronto e devem ser substituídos por Xaves e o zagueiro Diego Sacoman. Apesar do mistério de Kleina, uma fresta no muro do CT desvendou o segredo. Caio sente cansaço muscular, mas não será problema.

Caso o desgaste seja evidente com bola rolando, Rodrigo Pimpão está de prontidão para substituí-lo. “É um jogo equilibrado e na casa do adversário, para o qual teremos que nos aplicar muito. Faremos de tudo dentro de campo para trazer uma final para o Majestoso”, afirmou o técnico da Ponte, já pensando na final do Campeonato Paulista.

FICHA TÉCNICA: GUARANI X PONTE PRETA

Local: estádio Brinco de Ouro da Princesa

Data: 29 de abril de 2012, domingo

Horário: 18h30 (de Brasília)

Árbitro: Flávio Rodrigues Guerra Assistentes: Marcelo Carvalho Van Gasse e Marcio Luiz Augusto

Adicionais: Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza e Fabio de Jesus Volpato Mendes

GUARANI: Emerson; Oziel, Domingos, Neto e Bruno Recife; Ewerton Páscoa (Rafael Araújo), Fábio Bahia, Danilo Sacramento e Fumagalli; Fabinho e Bruno Mendes

Técnico: Vadão

PONTE PRETA: Bruno Fuso; Guilherme, Diego Sacoman, Ferron e Uendel; João Paulo Silva, Gerson, Xaves, Renato Cajá e Caio; Roger

Técnico: Gilson Kleina

Conteúdos relacionados