“Greve só no ano que vem”, diz presidente da Aduems

A Uems (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul) não deverá entrar em greve neste ano, garantiu o presidente da Aduems (Associação dos Docentes da Uems), Wilson Brum Trindade Júnior. Segundo ele, uma paralisação restando poucos dias para o término do ano letivo seria desastrosa tanto para professores, quanto para alunos. Em setembro, a categoria […]

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A Uems (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul) não deverá entrar em greve neste ano, garantiu o presidente da Aduems (Associação dos Docentes da Uems), Wilson Brum Trindade Júnior. Segundo ele, uma paralisação restando poucos dias para o término do ano letivo seria desastrosa tanto para professores, quanto para alunos.

Em setembro, a categoria aprovou indicativo de greve por conta da atual situação em que se encontra a universidade. Os docentes lutam pela autonomia da instituição e por uma completa reestruturação do Plano de Cargos e Carreiras (PCC), bem como pelo aumento da quantia de recursos repassados por parte do Governo do Estado.

“Nós queremos recuperar a Uems. No último dia 3, fomos a Campo Grande e nos reunimos em uma assembleia, onde ficou decidido que até a próxima semana deverá ser agendado um encontro entre representantes do Governo, da Aduems e do DCE (Diretório Central Acadêmico), para definirmos um possível acordo”, explicou Brum.

Ele completa: “Depois dessa reunião, vamos pensar no que fazer. Mesmo que o resultado seja ruim, não iniciaremos uma paralisação justamente na reta final do ano letivo, para que ninguém saia prejudicado, contudo, em último caso, a greve pode se deflagrada no começo do ano que vem”, observou.

Ainda de acordo com Brum, dadas as atuais circunstâncias em que se encontra a Uems, alguns cursos correm o risco de serem fechados devido à completa ausência de estrutura, principalmente em unidades localizadas em cidades menores. Faltam materiais didáticos e técnicos para que alunos tenham o mínimo necessário de aprendizado.

“É uma situação complicada, principalmente após o corte de 20% nos gastos exigido pelo Governo. Em algumas unidades, os alunos estão tirando do próprio bolso para que possam concluir a graduação com dignidade. Isso é inaceitável e por isso continuaremos na luta para que possamos ter um ensino de qualidade”, concluiu.

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