O calendário letivo 2012 da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) pode atrasar e seguir 2013 adentro, por conta da greve dos professores. A paralisação ocorre em nível nacional, no âmbito das instituições federais de ensino.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Professores da UFGD, Adauto de Oliveira Souza, caso a greve se estenda por um período maior de tempo, os universitários podem perder os semestres. “Estamos lutando para que esta negociação se encerre o quanto antes para evitar prejuízos, tanto aos professores como para os alunos”, destaca. Ele adianta que assim que encerrar a paralisação será iniciada uma discussão em torno do calendário de reposição de aula.

A greve iniciada no dia 28 de maio deixa 6.600 alunos sem aula. Destes, 5,7 mil são da graduação e 600 da pós-graduação. Cerca de 400 professores da Universidade aderiram à greve nacional por melhores salários.

Entre as principais reivindicações estão a incorporação de gratificações, acréscimo de titulação, melhores condições de trabalho e reestruturação do plano de carreira nos campi criados com o Reuni.

Os professores também pedem aumento do piso salarial dos atuais R$ 557,51 para R$ 2.329,35, valor calculado pelo Dieese como salário mínimo para suprir as necessidades previstas na Constituição Federal e equiparação salarial com os professores do Ministério da Ciência e Tecnologia. Em nota divulgada no início da greve, o Ministério da Educação (MEC) informou que “as negociações salariais com o sindicato começaram em agosto passado, quando foi acertada a proposição de um reajuste salarial linear de 4%, a partir de março de 2012”.

UFMS realiza referendo para decidir adesão à greve nacional

Os professores da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) vão se reunir hoje (15), às 14h, para decidir sobre a adesão a greve. De acordo com o presidente da ADUFMS (Associação dos Docentes da Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Paulo Roberto Haidamus, os 825 professores sindicalizados devem participar do referendo.

Na última segunda-feira (11) a categoria realizou uma Assembleia tumultuada. Dos 122 professores presentes, 60 decidiram a favor da paralisação, seguindo decisão de 51 universidades de todo o país. Contudo, o quórum para oficializar a greve, de acordo com o estatuto, é de um quarto dos docentes, ou 203 professores votantes. Segundo Paulo Haidamus, até o momento as aulas estão sendo ministradas normalmente.