Eleitores gregos votam neste domingo em uma eleição que pode decidir se o país altamente endividado fica na zona do euro ou se encaminha para a saída, potencialmente criando ondas de choque que podem quebrar a moeda única.

Em uma eleição disputada em torno do punitivo pacote de austeridade exigido por credores internacionais como preço para manter a Grécia funcionando, pesquisas de opinião mostraram o partido de esquerda radical Syriza, que quer apagar o acordo, disputando de perto com o partido conservador Nova Democracia, que em termos gerais apoia o acordo.

A União Europeia e o Fundo Monetário Internacional (FMI) dizem que as condições para a ajuda de 130 bilhões de euros, acertadas em março, precisam ser aceitas integralmente pelo novo governo ou o repasse de recursos será interrompido, levando a Grécia à falência.

Todos os principais partidos dizem que manterão a Grécia na moeda única, mas o líder do Syriza, Alexis Tsipras, acredita que um novo acordo pode ser renegociado, apostando que os líderes europeus não poderiam tolerar as turbulências no mercado causadas por uma eventual exclusão da Grécia da zona do euro.

Na direita, o herdeiro do establishment e líder do Nova Democracia, Antonis Samaras, diz que a rejeição ao pacote da UE e do FMI iria significar um retorno à dracma e calamidade ainda maior, embora ele também deseje afrouxar alguns aspectos do acordo.