Governo da Bolívia anuncia que exploração de Mutún será totalmente estatal
O Governo Boliviano anunciou na semana passada que assumirá a exploração de ferro da morraria de Mutún, em Puerto Suárez, uma das cidades bolivianas que fazem fronteira com Corumbá. De acordo com reportagem publicada no jornal La Prensa, o presidente da ESM (Empresa Siderúrgica de Mutún), Ricardo Cardona, o projeto será executado 100% de forma […]
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O Governo Boliviano anunciou na semana passada que assumirá a exploração de ferro da morraria de Mutún, em Puerto Suárez, uma das cidades bolivianas que fazem fronteira com Corumbá. De acordo com reportagem publicada no jornal La Prensa, o presidente da ESM (Empresa Siderúrgica de Mutún), Ricardo Cardona, o projeto será executado 100% de forma Estatal, sem a participação de empresas privadas.
“Este ano, realizaremos o processo de licitação de um dos maquinários para a fundição dos concentrados. Continuaremos neste processo nas cinco instalações até concluir, em 2015, quando todas já deverão estar operando”, disse ao informar que este processo, chamado de ‘marcha da industrialização’ deverá durar entre 30 a 40 meses.
A proposta do projeto é transformar os concentrados de ferro em barras de aço e para isso estruturas como a separadora, compactadora, termoelétrica e a fundidora serão adquiridas no tempo programado.
De acordo com Cardona, os cálculos realizados apontam que os investimentos de 600 milhões de dólares que serão realizados no complexo de Mutún devem ser recuperados pelo Governo até início de 2016. “Temos como meta comercializar até 2015 um milhão de toneladas de aço”, estimou.
Sobre os investimentos feitos pela empresa indiana Jindal, que chegou a operar na localidade e devido a conflitos com o Governo acabou abandonando o projeto siderúrgico de Mutún, o presidente da ESM disse que “por informações extraoficiais, o investimento não chega nem a 10 milhões de dólares”. Ele afirmou ainda que o valor do maquinário instalado no local não supera os 3 milhões de dólares, já que não se encontra em ótimas condições de uso.
O advogado da empresa Jindal, Jorge Valda, denunciou que, no dia 28 de setembro, funcionários da estatal ESM invadiram sem permissão as instalações na cidade de Puerto Suárez. O advogado frisou que os funcionários não possuíam documentos legais que respaldassem a entrada nos prédios. Dados oficiais da Jindal, afirmam que a empresa investiu, aproximadamente, 80 milhões de dólares. Entretanto, esse número só será confirmado através de avalições que deve ser feita por uma empresa auditora sem relações com o Governo tampouco com a Jindal.
No dia 16 de julho, a Jindal oficializou de maneira voluntária sua sápida do projeto de Mutún com o argumento de que a YPBF não dava garantias de fornecimento de gás para o funcionamento da planta de exploração.
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