Percentual representa uma diferença de R$ 200 no salário. E categoria afirma ainda estar em fase de negociação até a sexta-feira, quando uma nova assembléia será realizada na Fetems.

Uma nova proposta de reajuste salarial por parte do governador André Puccinelli (PMDB), de 5% para 10,23%, aos policiais e bombeiros militares de Mato Grosso do Sul mantêm a categoria em negociação até a sexta-feira (20), quando uma Assembléia Geral será realizada na Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), durante a manhã.

O percentual representa uma diferença de R$ 200, fazendo o salário saltar de R$ 1.950 para R$ 2.150. “Até a semana passada ele (o governador) tinha oferecido 5%, valor que aumentaria em apenas R$ 97 o nosso salário. Não vamos decidir nada ainda e o valor está sendo repassado a categoria, então só podemos dizer que a ACS (Associação dos Cabos e Soldados da PM e BM de MS) está em negociação”, afirma o vice-presidente da ACS, Cláudio Souza.

Segundo Souza, desde a segunda-feira (16), dia em que a foi deflagrada, até a noite de ontem (17), os militares decidiram por intensificar as ações. “As viaturas ficaram paradas nas delegacias e quem ligou para a polícia com certeza não encontrou os carros realizando rondas. Aguardamos o delegado repassar as ocorrências de maior e menor potencial para só assim sair as ruas”, explica o vice-presidente da ACS, Cláudio Souza.

Fardas e Coturnos

Com relação a outras reivindicações além do salário, como fardas e coturnos aos militares, algo garantido pela Lei Complementar 053/1990, a ACS afirma que medidas jurídicas serão tomadas para a aplicação da lei.

“O governo não paga farda, coturno e isso para toda a tropa, mas esta não é a reivindicação do momento. Em uma penúltima reunião, na governadoria, nos foi informado que a licitação tinha sido cancelada e por isso a assessoria jurídica da ACS está entrando com uma medida judicial para a aplicação da lei”, argumenta o vice-presidente da ACS, Cláudio Souza.

Licitação

Em entrevista, o Coronel Carlos Alberto David dos Santos, comandante geral da Polícia Militar, afirma que ‘o governador do Estado interrompeu temporariamente a licitação para dar prioridade a negociação salarial dos servidores’.

“Sabemos da necessidade do fardamento e estamos lutando por isso. Mas o governador repassou a classe que, no momento, teve de interromper alguns investimentos para aplicar a verba no salário dos servidores”, disse o Coronel David.