Funcionários da Embrapa, em Corumbá entram em greve por acordo coletivo

Somando aos movimentos grevistas deflagrados nos últimos dias, os funcionários da Embrapa Pantanal cruzaram os braços na segunda-feira, 25 de junho. Em uma manifestação ocorrida nesta terça-feira, 26, os funcionários realizavam panfletagem em frente ao Centro de Convenções do Pantanal, local onde está sendo realizado o 6º Congresso Nacional de Mastozoologia, como forma de pedir […]

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Somando aos movimentos grevistas deflagrados nos últimos dias, os funcionários da Embrapa Pantanal cruzaram os braços na segunda-feira, 25 de junho. Em uma manifestação ocorrida nesta terça-feira, 26, os funcionários realizavam panfletagem em frente ao Centro de Convenções do Pantanal, local onde está sendo realizado o 6º Congresso Nacional de Mastozoologia, como forma de pedir o apoio da classe científica que participa do evento realizado pela empresa de pesquisa, juntamente com outras entidades.

De acordo com Augusto César Galvão e Silva, presidente da sessão sindical Pantanal do Sindicato nacional dos Trabalhadores em Empresas de Pesquisa e Desenvolvimento Agrário (SINPAF), a movimentação não visa de forma alguma prejudicar a realização do evento, mas expor a atual situação da categoria. “Há dois meses estamos em negociação com a Embrapa e ela não apresentou nenhum avanço, querendo inclusive tirar direitos que a gente já conseguiu em anos passados. Por exemplo, pessoas que desenvolvem suas atividades montadas a cavalo foram consideradas de periculosidade e insalubres. Qualquer pessoa sabe o quanto é perigosa, foi uma conquista de muitos anos, mas agora estão querendo nos retirar”, disse. Outro ponto das reivindicações é o que chamam de “ganho real”, ou seja, uma reposição salarial que esteja acima dos índices de inflação. “Ano passado, o Governo só repôs a inflação e nós queremos um aumento além da inflação porque temos perdas desde a época de Fernando Henrique Cardoso, então ano a ano queremos recuperar, estamos pedindo 5% acima da inflação e até agora a Embrapa só ofereceu a inflação”, disse o sindicalista ao citar a isonomia, mais uma das reivindicações da classe.

“Hoje, na Embrapa, e em vários setores do funcionalismo público, muitos benefícios só têm funcionários que foram contratados até 1998. Depois disso, quem foi contratado não tem os mesmos benefícios do pessoal antigo. Somos funcionários da mesma empresa, muitas vezes, desempenhamos a mesma atividade, e somos tratados de maneira desiguais”, disse ao citar o anuênio, adicional sobre o salário-base dos funcionários.

O sindicalista lembra que parte dos funcionários não entrou em greve, estes seriam os de cargos comissionados. A greve é por tempo indeterminado e vai depender do avanço dos diálogos entre o movimento sindical, empresa e Governo.

Segundo o SINPAF, “importantes cláusulas econômicas e sociais permanecem com impasse. Mesmo após cinco rodadas de negociação, o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) entre o SINPAF e a Embrapa não avançou em quase nada. Apenas 31 das 87 cláusulas apresentadas pelos trabalhadores foram completamente acordadas, mas mantendo a redação do acordo vigente”.

A paralisação atinge no Estado, também as unidades da Embrapa Gado de Corte, em Campo Grande, e da Embrapa Agropecuária Oeste Dourados, em Dourados.

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