Frigorífico de Anastácio pode retomar atividades em quatro meses

O frigorífico de Anastácio, fechado desde 2010, pode retomar as atividades em fevereiro ou março do ano que vem. É o que garante o administrador judicial da massa falida do Grupo Kaiowa, Amador Bueno. Ele se reuniu na tarde desta quinta-feira (8) com o deputado estadual Felipe Orro (PDT), o prefeito de Anastácio Douglas Figueiredo […]

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O frigorífico de Anastácio, fechado desde 2010, pode retomar as atividades em fevereiro ou março do ano que vem. É o que garante o administrador judicial da massa falida do Grupo Kaiowa, Amador Bueno. Ele se reuniu na tarde desta quinta-feira (8) com o deputado estadual Felipe Orro (PDT), o prefeito de Anastácio Douglas Figueiredo e o presidente da Câmara de Vereadores da cidade, Laércio Valério, para anunciar o plano que vai solucionar o caso. A reunião aconteceu no Hotel Fênix, de Anastácio, e estavam presentes também o gerente da unidade, Cláudio Roberto da Silva, o advogado da massa falida, Mauro Marcílio Júnior e o agente do Ministério da Agricultura e Pecuária Amélio Ferreira Ocampos.

Amador Bueno disse que três grandes grupos nacionais da área já demonstraram interesse em adquirir as cinco unidades do extinto Grupo Kaiowa. São eles o Marfrig, JBS e Minerva. Agora, depende da Justiça aceitar as condições para o negócio ser fechado. Isso pode acontecer nos próximos dias, a partir daí o novo proprietário pode iniciar os preparativos para reabrir as unidades.

Além de Anastácio, o Grupo Kaiowa possuía unidades em Guarulhos e Presidente Venceslau (SP), Janaúba (GO) e em Pires do Rio, cidade de Goiás. Em Anastácio o frigorífico empregava cerca de 1.000 pessoas, diretamente, e tinha capacidade de abate de 700 cabeças por dia.

O deputado Felipe Orro se mostrou confiante na aprovação do plano de recuperação financeira apresentado pelo administrador judicial Amadeu Bueno e disse que Anastácio e Aquidauana aguardam com ansiedade a reabertura do frigorífico. “Foi um choque tremendo para as duas cidades, sobretudo para Anastácio. Centenas de pais e mães de famílias desempregados do dia para a noite, fora o impacto na arrecadação de impostos. Estamos convencidos de que esse problema seja solucionado rapidamente e a empresa volte a operar, a gerar emprego e renda para nossa gente”, frisou.

O prefeito Douglas Figueiredo também se disse seguro de que essa é a melhor solução para reabrir o frigorífico. “Estamos em uma localização estratégica, muito bem servida por rebanhos do Pantanal e com um mercado consumidor que absorve boa parte da produção. Além disso, a unidade de Anastácio está autorizada a exportar tanto para Israel como para a Malásia, então tem um vasto mercado a explorar”.

Amadeu Bueno reforçou que a unidade de Anastácio é a melhor das cinco do antigo Grupo Kaiowa, e está em perfeito estado de conservação. “Basta apenas pequenos reparos e já pode voltar a operar normalmente”, afirmou. A expectativa, segundo ele, é que a Justiça aprove o plano de venda e o negócio seja fechado com a máxima brevidade para agilizar os preparativos de reabertura do frigorífico.

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