Fogo consome Parque do Rio Ivinhema; estrutura continua sem utilidade
Infraestutura que poderia ser usada pelas universidades para pesquisa está praticamente abandonada
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Infraestutura que poderia ser usada pelas universidades para pesquisa está praticamente abandonada
O descado com o Parque do Rio Ivinhema continua. Praticamente abandonado, a área de 73 mil hectares vem sendo consumida por focos de incêndio que aumentam nessa época do ano. Neste final de semana, equipe da Polícia Militar Ambiental (PMA) sobrevoou o local e constatou foco às margens do Rio Paraná. A situação é preocupante devido a vegetação permanecer seca e o risco da área se transformar em “mar de chamas” é grande.
O Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema tem 73.345,15 hectares e está localizados na Bacia do Rio Paraná, abrangendo os municípios de Jateí, Naviraí e Taquarussu. Em abril deste ano o Dourados Agora esteve no local e mostrou o descaso com o Parque. A infraestrutura construída, em 2010, pela Companhia Energética de São Paulo (Cesp) como compensação para o Mato Grosso do Sul continua sem utilidade e apenas um guarda-parque é responsável por garantir a fiscalização em toda área.
Ontem uma equipe da PMA em Dourados, responsável em atender a região sul do Estado, retornou ao local. O primeio sobrevoo para detectar focos foi realizado no sábado e a partir de agora a PMA irá intensificar a fiscalização. “Há três dias, quando sobrevoei o local constatei um foco às margens do rio Paraná; provavelmente foi provocado por pescadores, o que nos preocupa muito”, disse o capitão Carlos Magno, da PMA em Dourados.
Com a vegetação seca, o risco de um pequeno foco se espalhar por toda a área é grande. Durante ronda na manhã de ontem, a PMA não encontrou mais focos de incêndio, porém se houver um outro, que não seja próximo ao rio, como neste último, as chances das chamas se espalharem por todo o parque é grande. “O foco desse final de semana não foi grande porque ele estava próximo ao rio”, explica o capitão.
A falta de chuva deixa o local em alerta. Para evitar um possível acidente contra a infraestrutura do parque, composta por centro de pesquisa, dormitórios e salas de aulas, o mato que até recentemente quase encobertava as instalações foi roçado. É uma medida para evitar que o fogo chegue até os prédios do parque.
Parque
O Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema foi criado em 1998, sendo a primeira Unidade de Conservação do Estado. A definição do nome do parque está relacionada com as características do ecossistema local, pois a paisagem dessa região se caracteriza por uma extensa planície periodicamente inundada, denominada varjão.
Somente em 2010 é que o parque ganhou infraestrutura e conta com observatório ambiental composto por quatro dormitórios para estudantes e professores, escritório, almoxarifado, recepção, cozinha, sala de reunião com telões e carteiras, refeitório, tudo construído pela Cesp. Ambiente destinado à pesquisa está praticamente abandonado e as universidades de Mato Grosso do Sul não utilizam o local.
Ultimamente, somente professores e estudantes da Universidade Estadual de Maringá (UEM) é que desenvolvem trabalhos esporádicos de pesquisas no Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema. O Ministério Público Estadual (MPE) instaurou inquérito para apurar o descaso, bem como para averiguar o repasse feito semestralmente pela Cesp de R$ 1,3 milhão, para ser empregado na manutenção do parque.
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