Fidel chama de ‘mentira ianque’ informação econômica sobre a China

O líder cubano Fidel Castro qualificou neste sábado de “sinistra mentira ianque” um artigo segundo o qual a economia da China começa a se retrair e que o país vive uma “luta política em ebulição”, segundo texto publicado no portal Cubadebate (situação). No texto, Fidel citou trechos de um artigo publicado no site da BBC […]

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O líder cubano Fidel Castro qualificou neste sábado de “sinistra mentira ianque” um artigo segundo o qual a economia da China começa a se retrair e que o país vive uma “luta política em ebulição”, segundo texto publicado no portal Cubadebate (situação).

No texto, Fidel citou trechos de um artigo publicado no site da BBC Mundo, segundo o qual vários indicadores “começam a apontar para um declínio econômico” na China, onde ainda “há uma luta política em ebulição”, após a destituição do governador da cidade de Chongqing (sudoeste), Bo Xilai.

“Estou longe de compartilhar esta sinistra mentira ianque sobre o destino da China”, afirmou o líder comunista, de 85 anos, afastado do poder desde 2006 por problemas de saúde.

“Pergunto-me por acaso se é possível ignorar que a China possui as maiores reservas de terras raras (elementos químicos usados para produzir alta tecnologia) no mundo e enormes volumes de gás de xisto, que lhe permitiriam exercer seu poder sobre a produção energética mundial quando cessar o poder de mentir e subjugar”, acrescentou.

Bo foi destituído em março passado do cargo de governador por “sérias violações de disciplina” e um mês depois, suspenso do Birô Político do governista Partido Comunista da China.

Um dos principais aliados políticos e econômicos de Cuba, a China tem como meta um crescimento econômico de 7,5% este ano, abaixo dos 8% fixados para 2011, segundo informe governamental apresentado em março. Em 2010, o PIB chinês cresceu 10,4%.

A crise da dívida na zona do euro e a lenta recuperação dos Estados Unidos criam uma expectativa de desaceleração da economia chinesa, pois a demanda de seus produtos será afetada.

Divulgar esta informação “já é demais”, disse o ex-presidente cubano, que sustenta que os avanços econômicos e militares da China, assim como sua linha internacional, “são respostas lapidares à política belicista e ameaçadora” dos Estados Unidos.

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