“O que ele pedir que eu faça, eu faço”, disse FHC, cutucando ainda o seu sucessor no Palácio do Planalto, o também ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que atuou intensamente na campanha de Haddad, inclusive com o auxílio da atual presidente Dilma Rousseff.

“Eu já fui presidente da República e eu não acho que eu deva ser cabo eleitoral no dia a dia, agora, a minha opinião vai ser dada. Todo mundo sabe que meu candidato é o Serra e eu farei o possível por ele”, explicou FHC, antes de palestrar no evento “Brasil Educação: Um País de Oportunidades”, promovido pelo grupo Ibmec, em parceria com o Instituto Unibanco, no centro do Rio de Janeiro.

O ex-presidente tucano se esquivou o quanto pôde da imprensa, que ansiava desde o início do evento por algumas palavras a cerca do pleito municipal paulistano. Tanto que seu staff pessoal entrou por um acesso lateral no Museu Histórico Nacional – local da palestra – para driblar os repórteres. A área não estava liberada à imprensa.

José Serra e Fernando Haddad superaram o candidato do PRB, Celso Russomano, na última semana de disputa, e vão travar um duelo entre os dois maiores partidos nacionais pela administração da maior cidade do País. FHC comentou o fato de o candidato tucano ainda possuir uma rejeição grande em São Paulo, pelo fato de ter largado a prefeitura para concorrer ao governo do Estado, em 2004. “Ele ganhou em primeiro lugar, não tem isso”, disse o ex-presidente, sobre a segunda colocação do rival petista.

O ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso afirmou na noite desta segunda-feira que, após ser consumado o segundo turno da eleição municipal em São Paulo entre o candidato do seu partido, José Serra (PSDB), e Fernando Haddad (PT), não vai medir esforços para que o tucano, ex-ministro da Saúde de sua gestão, seja eleito prefeito.