FHC defende “renascimento” do Mercosul com espírito de maior integração

O ex-presidente do Brasil Fernando Henrique Cardoso afirmou neste domingo no México que “seria preciso renascer o Mercosul, mas com um espírito de verdadeira integração entre seus membros”. “O Mercosul ficou no começo e não avançou muito, por quê? Porque teve uma ambição inicial ampla, na verdade pensavam na União Europeia (UE) ou algo assim […]

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O ex-presidente do Brasil Fernando Henrique Cardoso afirmou neste domingo no México que “seria preciso renascer o Mercosul, mas com um espírito de verdadeira integração entre seus membros”.

“O Mercosul ficou no começo e não avançou muito, por quê? Porque teve uma ambição inicial ampla, na verdade pensavam na União Europeia (UE) ou algo assim como ela, e ficamos com acordos de barreira exterior comum, uma só tarifa comum, e depois nada mais”, afirmou FHC.

“Não houve uma integração de capitais efetiva, não houve a ocupação do espaço territorial da região com investimentos que pudessem começar em um país e terminar em outro, não houve nem sequer a tentativa de formação de uma caixa de previdência social que permitisse a mobilidade dos trabalhadores”, lamentou.

Fundado em 1991, o Mercosul é um bloco de países integrado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, que fomenta a livre circulação de bens e serviços entre seus membros.

A Venezuela está em processo de entrada e são membros associados Bolívia, Chile, Colômbia, Peru, e Equador.

O ex-presidente brasileiro, que participou neste domingo na Cidade do México em entrevista coletiva do Conselho Século XXI, lamentou que o grupo de países do Mercosul tenha ficado “muito atado à questão comercial”.

“Se quiséssemos realmente reativar o Mercosul precisaríamos aprofundar muito mais a integração e não ficar no que ficamos”, especificou.

Acerca da conjuntura de crise atual nos países desenvolvidos, FHC considerou que a América Latina saiu no geral em boas condições da situação.

Destacou que em parte isso tenha derivado da aprendizagem de crises passadas e do aproveitamento da globalização.

Havendo na região muitos países “exportadores de matérias-primas”, disse que os altos preços das mesmas lhes tinham permitido acabar com os problemas de dívida e ter reservas suficientes para enfrentar desajustes externos.

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