A FETEMS (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul) e os seus 71 SIMTED’s (Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação) vêm publicamente, de forma solidária, apoiar a greve dos bancários, a nível nacional e em especial, no estado de Mato Grosso do Sul, os companheiros e companheiras do Sindicato dos Bancários de Campo Grande e Região que estão à frente da organização do movimento na capital do Estado.

 Estes trabalhadores e trabalhadoras enfrentam mais uma vez a intransigência dos patrões na hora de negociar. Apesar de apresentarem a cada ano lucros recordes, os banqueiros e o governo mantêm a categoria sob arrocho salarial, assédio moral e demissões.

Entendemos como justa as reivindicações da categoria sobre remuneração, emprego, saúde, condições de trabalho, segurança e igualdade de oportunidades. Os bancários rejeitaram a proposta dos banqueiros de 6% de (apenas 0,58% de aumento real) nas assembleias realizadas pelo Brasil na quarta-feira 12 e deflagraram a greve a partir desta terça-feira (18) com toda a razão, pois todos os trabalhadores e trabalhadoras tem o direito a valorização profissional digna.

De acordo com a CONTRAF-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) os seis maiores bancos (Banco do Brasil, Itaú, , Caixa, Santander e HSBC) tiveram R$ 25,2 bilhões de lucro líquido no primeiro semestre, portanto o reajuste apresentado de 0,58% de aumento real é um absurdo e uma falta de respeito com os trabalhadores e trabalhadoras.

Segundo pesquisa apresentada pelo Dieese 97% dos acordos salariais do primeiro semestre no país contêm aumentos reais de salário, quase todos acima da proposta de 0,58% apresentada pela Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) na penúltima rodada de negociação, no dia 28 de agosto.

A diretoria da FETEMS se coloca assim, ao lado dos trabalhadores (as) bancários (as) e contra os banqueiros, que sustentam seus lucros em cima da categoria e do resto da população. Entendemos que os bancários (as) fazem parte desse sistema de exploração do ser humano pelo ser humano estando no papel de explorados, assim como nós quando utilizamos o sistema bancário.