O técnico Luiz Felipe Scolari bem que tentou evitar as críticas à arbitragem após a derrota por 2 a 0 nesta quinta-feira, mas não conseguiu resistir à insistência dos repórteres na coletiva de imprensa. Em meia a várias perguntas sobre a atuação de Antônio Schneider, do Rio de Janeiro, o treinador palmeirense disparou um de seus bordões que provavelmente vão ficar na memória dos torcedores.

“O primeiro gol do Obina, o que ele marcou? Se mostrarem que alguém tirou o goleiro da jogada, tudo bem. Mas eu não vi. E ainda tem os vigias de guarda-meta. Aí depois teve o balãozinho do Barcos que a bola bateu na mão e ele não marcou nada. É uma coisa estranha, se ele achou que foi pênalti, tudo bem. Mas ele estava tão convicto que escorregou e sentou no chão de tanta vontade, de tanto tesão. Ele pensou ‘ah, que tesão de dar o pênalti’. Deve ter sido o êxtase para ele, ele deve ter gozado”, disparou Felipão para as gargalhadas dos presentes.

Cinco perguntas antes de dar essa respota, o gaúcho havia afirmado que não falaria nada da arbitragem. Ele não só não resistiu, como voltou a atacar o juiz. Antes, durante o jogo, em uma bola que sobrou para ele na área técnica, Felipão isolou e disse relembrar os tempos de zagueiro do Caxias.

“Aquilo foi um desabafo. Mas o juiz desabafou em mim também. Vocês viram ele entrando e saindo por aqui (saguão da imprensa)?. Ele nem saiu por aqui. Ele fugiu. Isso é o normal de quem está devendo alguma coisa”, completou.

No fim, Felipão ainda ironizou o que ele chama de perseguição por parte dos árbitros e do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) e disse que estuda não voltar mais ao banco de reservas para evitar problemas.

“É provável que vai ser assim até o fim. É  bem provável. Por isso eu já acho que é melhor colocar um outro técnico no restante do campeonato, proque aí seria menos prejudicado”, finalizou.