Ao lado da gruta, que fica próximo às estruturas das barracas onde cotidianamente os feirantes da Brasbol cumprem seu trabalho, é que, anualmente, acontece a missa em louvor à Virgem de Urkupiña, santa considerada a padroeira da integração nacional da Bolívia.

Neste 26 de agosto, completaram-se nove anos que a celebração é realizada, reunindo devotos bolivianos e também brasileiros. Na gruta da feira foi montado um altar onde se destacou a imagem da Virgem de Urkupiña, ladeada por Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, e pela Virgem de Caacupé, padroeira do Paraguai.

O padre João Marcos Cimadon, da Pastoral da Mobilidade Humana de Corumbá, celebrou a missa em devoção à santa e destacou a alegria da festa.

“O dia de Nossa Senhora de Urkupiña, na verdade é o dia 15 de agosto, dia da Assunção de Nossa Senhora ao céu, porém, durante nove dias acompanhamos a novena e vimos que os bolivianos se mantêm firmes em sua fé e devoção à Nossa Senhora. Apesar de estarem longe da pátria é na fé em Deus e em Maria que encontramos nossas forças e obtemos amparo”, destacou o padre.

Dedicação

Neste ano, os responsáveis pela programação de homenagem à santa, foi o casal Freddy Villca e Valeria Zambrana. “É uma responsabilidade cuidar dos festejos para a Virgem de Urkupiña, mas muito gratificante. Durante a novena, brasileiros e bolivianos participaram de momentos de paz e de agradecimentos. Fizemos o melhor para organizar toda a festa. É uma grande confraternização, onde mostramos nossa fé e nossa cultura para o Brasil”, destacou.

A cada ano um novo pasante assume a realização da festa e isso ajuda a manter mais viva a fé na santa originária da cidade de Cochabamba. Encerrada a missa e após o lanche, um cortejo dançante seguiu até a Igreja Dom Bosco, em Corumbá e depois em direção a Puerto Quijarro, cidade fronteiriça do lado boliviano, onde uma festa foi preparada com música, comida e bebida. Os devotos participaram até à noite das comemorações na sede de um clube social daquela cidade.

Uma das devotas que fez questão de prestar honras à Virgem foi Ilda Gutierrez, 31 anos, que dançava e louvava à santa por uma graça alcançada. “Estive mal de saúde e me apeguei à Virgem de Urkupiña e foi ela quem me devolveu a vida. Por isso, todos os anos, venho da Bolívia, onde moro, especialmente para agradecer e louvar. Não peço nada, apenas agradeço por tudo o que tenho e por ela ter me dado saúde para cuidar de minha família”, concluiu.