Farc assume sequestro de jornalista francês

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) assumiram nesta terça-feira a autoria do sequestro de um jornalista francês ferido em meio a um combate com uma unidade do Exército que ele acompanhava e que o declararam prisioneiro de guerra, informaram jornalistas que receberam uma ligação telefônica de uma mulher que se identificou como guerrilheira. A […]

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As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) assumiram nesta terça-feira a autoria do sequestro de um jornalista francês ferido em meio a um combate com uma unidade do Exército que ele acompanhava e que o declararam prisioneiro de guerra, informaram jornalistas que receberam uma ligação telefônica de uma mulher que se identificou como guerrilheira.

A ligação foi recebida por um grupo de jornalistas que se encontra no Departamento de Caquetá, perto da área em que o repórter francês Roméo Langlois desapareceu no sábado.

“Declaramos prisioneiro de guerra o jornalista francês, porque foi capturado usando uma roupa de uso exclusivo das Forças Armadas, está feriado no braço esquerdo, foi oferecido atendimento médico e ele está fora de perigo”, afirmou a suposta guerrilheira que leu uma declaração, segundo um repórter da rede de rádio Caracol.

“É prisioneiro de guerra”, assegurou a suposta guerrilheira das Farc no seu comunicado.

Langlois, 35 anos, foi registrado como desaparecido desde sábado pelo Governo da Colômbia depois de ser preso em meio a combates entre tropas do exército e os rebeldes das Farc em uma área de selva do departamento de Caquetá, no sul do país.

O combate onde Langlois desapareceu ocorreu perto da cidade de Montanita, no departamento de Caquetá, uma região onde as Farc ainda têm uma forte presença. Ele fazia um documentário para o Canal France 24 sobre o combate ao tráfico de drogas há 12 anos nas selvas da Colômbia.

Nestes confrontos morreram três militares, um policial e um guerrilheiro.

O governo francês declarou o jornalista sequestrado desde domingo, e pediu que o grupo rebelde o liberte imediatamente e cumpra sua palavra para acabar com o seqüestro, um crime que tem sido usado por décadas como um meio de pressão política e fonte de financiamento.

A Colômbia também pediu para que as Farc libertem imediatamente o jornalista e afirmou que não iria realizar qualquer operação de resgate militar.

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