Famílias recebem apoio de instituição para tratamento de pessoas com deficiência

Cotolengo é uma instituição que atende pessoas com paralisia cerebral grave e deficiência múltipla dos órgãos

Ana Gabriela, ou melhor, Gabi, como é chamada pela mãe, Elisvaine Pereira, 26 anos, dona de casa, nasceu saudável, não tinha nenhum problema. Mas, aos dez dias de vida ficou doente, teve uma febre muito alta e acabou tendo uma convulsão que levou a uma paralisia cerebral. Desde então, a menina vai ao Cotolengo – instituição que atende pessoas com paralisia cerebral grave e deficiência múltipla dos órgãos.

Elis, como prefere ser chamada, conta que dedica praticamente todo o tempo do dia para cuidar da filha. Ela revela que não é fácil, mesmo com o imenso amor que sente pela menina. “Ela é um bebê, e vai ser um bebê para a vida toda. Tem que ter dedicação 24 horas. Precisa da mãe para tudo, desde as coisas mais simples, como se alimentar até para tomar banho”, diz.

A mãe, que na época, estava na primeira filha, lembra que precisou não apenas aprender a cuidar de uma criança, como de uma criança muito especial. “Eu não sabia cuidar de criança, e tive que aprender. O Cotolengo foi fundamental para me dar o suporte necessário para a Gabi”, conta sobre a instituição que a ensinou a entender as necessidades da filha e ajudá-la a viver melhor.

“O aprendizado da criança é por meio da brincadeira, mas a criança tem que ir até o brinquedo. No caso da Gabi, a terapia é a brincadeira para ela”, explica a mãe, já com expertise no assunto.

É por meio da fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional que Gabriela desenvolve suas potencialidades e aprende. A coordenadora do Centro Dia, Juliana Junqueira Fonseca, 31 anos, explica que a paralisia cerebral sem deficiência mental, sem outra síndrome, não afeta a cognição. Assim, crianças como Gabriela, em idade escolar, no Cotolengo desenvolvem atividades como outras, de forma diferente, mas aprendem e entendem tudo que é passado a elas.

Janaína Cristaldo Colombo, 31 anos, coordenadora clínica, explica que na entidade têm pedagogas que ensinam as crianças. As atividades são preparadas especialmente para elas e dão resultados animadores. “A gente vê o desenvolvimento da criança, toda conquista dela – que é sua também”.

Solidariedade

As 31 crianças com paralisia cerebral grave e deficiência múltipla dos órgãos atendidas pelo Cotolengo, entidade que desde 1996 está no Mato Grosso do Sul, precisam de doações para continuar os tratamentos.

A instituição se mantém com promoções sociais, convênios e com o bazar beneficente que funciona no local.

Para fazer doações são três contas, os valores podem ser abatidos no Imposto de Renda 6% (pessoa física) e 1% (pessoa jurídica):

Banco do Brasil – agência 3496-7 conta corrente 83.584-6

Banco Itaú – agência 1420 conta corrente 15.028-4

Banco HSBC – agência 0718 conta corrente 17.522-44

Sensibilizado

Há três anos, quando conheceu o Cotolengo, o pastor Isaías Cordeiro, 39 anos, se emocionou com o trabalho realizado pela instituição. Desde então procura ajudar a entidade.

Atualmente, ele e um grupo de mais ou menos dez pessoas, os Unidos pela Vida, estão em campanha para comprar três cadeiras de rodas especiais para o Cotolengo. Cada cadeira custa R$ 2,8 mil.

Para arrecadar o dinheiro, o grupo vende sacos de lixo, polpa de fruta, panos de prato, doces, kits de tupperwares e produtos de limpeza. Cada kit sai, no mínimo, por R$ 20. Para adquirir os produtos e ajudar na compra das cadeiras ligue 4141-3535 ou (67) 3331-3151.

Serviço

O Cotolengo fica na rua Jamil Basmage, 996, Mata do Jacinto. Para mais informações ligue (67) 3358-4848 ou acesse www.cotolengo.com.br, ou ainda escreva para [email protected]