Familiares organizam protesto para cobrar solução sobre morte de bebê em Dourados

Familiares e a Associação das Vítimas de Erros Médicos de Mato Grosso do Sul (Avem-MS) organizam um protesto em Dourados para cobrar uma resposta do poder público em relação à morte do bebê que morreu minutos depois de nascer na maternidade pública no Hospital Universitário (HU), em abril deste ano. O manifesto está previsto para […]

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Familiares e a Associação das Vítimas de Erros Médicos de Mato Grosso do Sul (Avem-MS) organizam um protesto em Dourados para cobrar uma resposta do poder público em relação à morte do bebê que morreu minutos depois de nascer na maternidade pública no Hospital Universitário (HU), em abril deste ano. O manifesto está previsto para a próxima sexta-feira, a partir das 9h, em frente ao Ministério Público Federal e Polícia Federal.

De acordo com o presidente da Avem-MS, Valdemar Moraes de Souza, a expectativa é de que mais de 30 pessoas participem da manifestação. O intuito é de pedir providências em relação à morte. Ministério Público e Polícia Federal investigam o caso.

“Os pais da criança sofrem por não saber de fato o que ocorreu. Se foi erro do hospital é preciso que a Justiça tome providências para que casos como este não voltem a se repetir”, conta Valdemar.

O bebê é filho de Valdecir Ferreira Sobrinho e Gislaine Ardigo. Eles suspeitam de negligência por parte do hospital. A esposa, gestante de 41 semanas, não teria condições de passar por um parto normal mas, segundo o marido, os médicos ignoraram os apelos. Conforme ainda ele, durante o parto, a equipe médica notou que o cordão umbilical estava enrolado no pescoço do bebê, quando parte do corpo da criança já estava para fora.

Diante disso, segundo a denúncia do pai da criança, a equipe teria empurrado o bebê para dentro da barriga da mãe e realizado uma cesariana. A criança morreu e a mãe ficou com vários hematomas no abdome.

A Avem-MS diz que há suspeitas de que ao empurrar a criança para dentro do ventre da mãe o pescoço do bebê tenha quebrado. Ontem o PROGRESSO divulgou que a PF enviou prontuários e exames para o Instituto Nacional de Criminalística para investigar as causas da morte.

Se nada ficar comprovado, a PF pretende pedir a exumação do corpo. O Ministério Público Federal já realiza uma auditoria no Hospital para averiguar eventuais irregularidades. O HU vem informando que já instaurou investigação interna para apurar o caso e tomar as medidas cabíveis.

Erros

Ao todo, a Associação conta com 600 investigações de erros médicos em Mato Grosso do Sul; 35 em Dourados. A Avem vai abrir uma filial no município.

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