Familiares e amigos de Maikon protestam por falta de fiscalização no lixão da Capital

Mãe diz que Maikon nunca tinha entrado no lixão antes do dia 28 de dezembro e reclama da falta de fiscalização na portaria do lugar.

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Mãe diz que Maikon nunca tinha entrado no lixão antes do dia 28 de dezembro e reclama da falta de fiscalização na portaria do lugar.

Após um mês da morte de Maikon Corrêa, de 9 anos, familiares e amigos protestaram na manhã deste sábado (28), no Bairro Dom Antônio Barbosa, pela falta de fiscalização da entrada do lixão após as 22h.

Com cartazes feitos por eles mesmos e apoio da Polícia Militar, alegam que a Guarda Municipal não verifica que, após este horário, crianças têm entrado no local para catar lixo. Triste pela perda do terceiro filho de cinco, Lucilene Corrêa, que vive da venda de salgados, diz que a vigilância é precária. “Vão ficar ali no lixão até a poeira abaixar”, reclama.

A mãe conta que, no dia da morte do menino, ele assistiu televisão a manhã inteira com ela. “Ele nunca tinha ido ao lixão. Maikon me falou que ia soltar pipa na rua e eu deixei. Aí o amiguinho dele o chamou para ir e ele foi sem me pedir”, lembra.

O presidente da Associação de Vítimas de Erros Médicos, Direito e Cidadania, Valdemar Moraes de Souza, que ajudou a organizar a passeata, disse que convidou sete promotores de Justiça para comparecerem ao evento. Nenhum foi. “Nem a promotoria do Meio Ambiente e nem a da Infância e Juventude. É uma pena, essas pessoas precisam de apoio”, declarou.

Os guardas municipais que trabalham no lixão afirmam que as rondas são feitas de 30 em 30 minutos no local e dizem que ainda não há uma guarita para eles na entrada. Por isso, eles passam o dia e a noite na guarita de um funcionário que cuida das obras de construção do aterro sanitário, ao lado do lixão. Três equipes se revezam durante os turnos para cuidar da segurança do local.

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