As faculdades privadas de Medicina que tiveram vestibulares fraudados nos últimos 18 meses afirmaram ontem que seguirão as orientações da Polícia Federal, que recomenda que os candidatos envolvidos na fraude sejam expulsos das instituições. Anteontem, a PF prendeu ao menos 52 pessoas envolvidas no esquema em 38 faculdades, como parte da Operação Calouro.

“Assim que recebermos a comunicação oficial da PF, com a comprovação dos envolvidos, levaremos o caso ao nosso conselho universitário. E o caminho natural será a expulsão dos alunos”, afirma José Roberto Castro, pró-reitor de graduação da Universidade de Marília.

A vice-reitora da PUC Minas, Patrícia Bernardes, afirmou que a ação para combater as fraudes é imprescindível para a “proteção da educação, em especial, e da sociedade como um todo”.

Já a Pontifícia Universidade Católica de Campinas, informou que não recebeu comunicados sobre a ocorrência, mas assim que notificada, “tomará eventuais providencias”.

A Universidade Anhembi Morumbi destacou que contrata empresas organizadoras de concurso para que sejam responsáveis pelo esquema de segurança das provas. Já o Grupo Anhanguera Educacional e a Universidade Estácio, do Rio de Janeiro, disseram que já haviam descoberto fraudes anteriormente e elas já foram solucionadas.