Exposição exibe projetos para residências abordando sustentabilidade e economia

Começa nesta quinta-feira (18) e segue até o dia 30 de novembro, em Campo Grande, a mostra Morar Mais por Menos. O espaço apresenta 55 ambientes, desenvolvidos por 93 arquitetos, disigners, decoradores e paisagistas, distribuídos em 5.350 m² de área. A exibição propõe soluções para decorar a casa de forma econômica e reaproveitando materiais que […]

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Começa nesta quinta-feira (18) e segue até o dia 30 de novembro, em Campo Grande, a mostra Morar Mais por Menos. O espaço apresenta 55 ambientes, desenvolvidos por 93 arquitetos, disigners, decoradores e paisagistas, distribuídos em 5.350 m² de área.

A exibição propõe soluções para decorar a casa de forma econômica e reaproveitando materiais que normalmente seriam descartados. No local, os visitantes podem encontrar espaços desenvolvidos com itens reciclados tendo a brasilidade, inclusão social, sustentabilidade e customização, como referência para os projetos.

A renda obtida com a comercialização do coquetel de abertura, realizada na noite desta quarta-feira, será revertida para o Asilo São João Bosco.

Ambientes

De acordo com a paisagista Eliane de Oliveira (Califórnia Mudas), a idéia e conseguir associar a utilização de materiais que são desprezados para valorizar o ambiente permitindo a execução de projetos paisagísticos de forma acessível.

“Conseguimos, por exemplo, utilizar plantas do dia-a-dia, produzidas no Estado, e que possuem um baixo custo. A disposição adequada dos materiais proporciona um melhor aproveitamento do espaço, além de tornar o ambiente mais agradável.”, destaca.

Eliane conta com a colaboração dos também paisagistas Lilian Basso e Marcos Antonio Medina, para a criação de uma casa na árvore.

A artista plástica Ana Ruas, levou seu ateliê para a Mostra. Ela aponta que o crochê está muito presente em sua arte por fazer parte de sua infância e demonstra toda sua pessoalidade no ambiente. “Este poema com Humberto Espíndola é uma reverência ao artista que ele é”, explica Ana, sobre a “Parede dos Valores”, onde fotos e poemas contam um pouco de sua vida.

A artista comenta ainda que o espaço permite que o visitante conheça melhor seu ateliê e reforça que a poesia utilizada na construção de sua obra é aliada a pintura. “Nada aqui foi colocado ao acaso, tudo tem um significado.’

Para a arquiteta Andressa Okumoto, a sustentabilidade e a customização são os principais aliados em sua criação. Ela criou um banheiro utilizando técnicas que proporcionam amplitude e reaproveitam materiais descartados, como caixas de frutas.

O aproveitamento de espaço foi a proposta dos arquitetos Thaylise Queiroz Freire, Luciano Mesquita e Thaline Queiros. Eles utilizaram um espaço inferior a 18 m², para expor quatro ambientes de uma residência.

“Aqui demonstramos como é possível o aproveitamento de espaços através da ergonometria. Conseguimos também usar o espaço de forma sustentável, uma das propostas da Mostra.”, avalia Luciano.

Thaylise explica que o hall de entrada, se bem trabalhado, já se torna um ambiente, por menor que seja o espaço. “Temos aqui o hall, home estar, sala de jantar e copa. A utilização de cores aliadas a correta iluminação e disposição dos móveis, permite a sensação de que o espaço é realmente maior.”, explica.

Os arquitetos reiteram que é possível adequar este tipo de a qualquer tipo orçamento. “Não é necessário que o cliente realize gastos absurdos para tornar um local agradável. Aqui utilizamos molduras de isopor que simulam a madeira, tal qual o piso cerâmico. Realmente conseguimos abraçar a proposta de atingir a várias possibilidades de gasto, associando o belo ao acessível.”, destaca Thaline.

O arquiteto Henrique Miranda e a colunista Gisele Romeiro, desenvolveram uma sala de imprensa. Segundo eles a sala possui uma proposta que induz a dinâmica da leitura e utiliza o reaproveitamento de materiais como a técnica do ‘dry-wall’, uma parede de gesso acartunado que promove um efeito agradável ao ambiente.

Angela Gil e Josi Nicolati apresentaram a “Varanda Campo Grande”. Conforme as arquitetas, o local remonta os costumes do campo-grandense de se reunir aos finais de semana, fazer churrasco e tomar tereré .

“Buscamos realmente fazer o mais por menos. Esse é o nosso destaque. Utilizamos material reciclável e demonstramos que dessa forma é possível desenvolver um ambiente barato com bom gosto.”, comenta Angela.

Elas explicam como utilizaram cordas e tecido aliados a pneus para fazer bancos. Elas demonstram também como o pergolado pode ser aproveitado.

“Cobrimos o pergolado com grama e plantas, dessa forma conseguimos deixar a temperatura do espaço ainda mais amena e colaborar com o meio ambiente.”, explica Josi.

Manoel de Barros

O poeta sul-mato-grossense Manoel de Barros foi homenageado na Mostra. Os arquitetos Hézio de Paula, Maria Fontoura e Kamylle Perotto desenvolveram o “Recanto do Poeta”, um local onde “procuraram traduzir para a decoração, toda a riqueza de sua poesia.”

“Queremos mostrar não as coisas glamorosas. Mais o campo que a cidade. A simplicidade dentro da elegância e beleza neste espaço de circulação.”

A área aproveitou ainda materiais desenvolvidos pela escola Pau Brasil, um projeto desenvolvido pela GIRA Solidário, que ensina marcenaria de alto nível a jovens em situação de vulnerabilidade social em Campo Grande.

O fundador da entidade de assistência social, Stephan Hofman, explica que toda a marcenaria utilizada pelo espaço foi desenvolvida com materiais reciclados pelos jovens da entidade.

Serviço

A mostra Morar Mais por Menos aconteça na rua da Paz, 342. O valor da entrada é de R$ 20. Os ingressos também podem ser comprados no shopping Campo Grande com desconto, pelo valor de R$ 17.

A casa funciona de terça a domingo, das 16h às 22h.

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