Executivos da Chevron são impedidos de deixar o Brasil

A Justiça Federal proibiu que 17 executivos e funcionários ligados à Chevron e à Transocean Brasil deixem o país sem autorização judicial. A liminar foi concedida pelo juiz Vlamir Costa Magalhães, da 4ª Vara Federal Criminal, no Rio de Janeiro, atendendo a pedido do procurador da República em Campos, Eduardo Santos de Oliveira. As informações […]

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A Justiça Federal proibiu que 17 executivos e funcionários ligados à Chevron e à Transocean Brasil deixem o país sem autorização judicial.

A liminar foi concedida pelo juiz Vlamir Costa Magalhães, da 4ª Vara Federal Criminal, no Rio de Janeiro, atendendo a pedido do procurador da República em Campos, Eduardo Santos de Oliveira. As informações são da Agência Brasil.

Notícias relacionadasMarinha identifica mancha de óleo na costa do RJChevron pede suspensão temporária de operações após descoberta de novo vazamentoChevron identifica novo vazamento na Bacia de Campos

O Ministério Público Federal diz que pretende denunciar os 17 executivos e funcionários à Justiça na próxima semana. Entre os afetados pela decisão está o presidente da Chevron Brasil Petróleo, George Raymond Buck III.

A empresa afirma que ainda não foi comunicada oficialmente da decisão judicial.

A Chevron é alvo de uma investigação sobre eventual crime contra o meio ambiente, após um vazamento de óleo no Campo de Frade, na Bacia de Campos, em novembro do ano passado. Nesta semana, a empresa comunicou a descoberta de uma nova mancha de óleo na mesma região.

Na sexta-feira (16), a Capitania dos Portos do Rio de Janeiro identificou uma “tênue” mancha de óleo medindo um quilômetro de extensão na mesma região

A área onde a mancha foi localizada está a 130 quilômetros da costa fluminense, a apenas três quilômetros do local onde ocorreu o primeiro vazamento do campo explorado pela Chevron.

Segundo comunicado conjunto da Marinha, da ANP (Agência Nacional de Petróleo) e do Ibama (Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis). um grupo de acompanhamento, composto por técnicos das três instituições, monitora o incidente e as providências que vem sendo tomadas pela Chevron.

Novos sobrevoos serão feitos na região nos próximos dias, a fim de acompanhar a dispersão da mancha.

Vazamento

Ao informar a ocorrência de um novo vazamento no Campo de Frade, na última quinta-feira, a Chevron disse que a mancha de óleo era pequena, mas que o ponto de vazamento era novo e não tinha relação com o acidente de novembro.

A Chevron Brasil estava proibida pela ANP de perfurar novos poços desde o acidente em novembro. Após investigação, a ANP disse que discordava das explicações fornecidas pela empresa sobre as causas do vazamento.

A Chevron também pediu à ANP a suspensão temporária de suas operações no Campo Frade.

A petrolífera alegou que a suspensão era uma “medida de precaução” e disse que irá realizar novos estudos técnicos para entender melhor a estrutura geológica do local.

A ANP disse que, mesmo que tenha seu pedido de interrupção das atividades aprovado, a petrolífera ainda terá que fornecer uma justificativa técnica para o novo acidente.

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