Ex-servidora é condenada após desviar R$ 1,2 mi do Ibama

A Justiça de Goiás condenou nesta sexta-feira uma ex-servidora do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) a 5 anos e 10 meses de prisão pelo crime de peculato. De acordo com a denúncia, Marina de Fátima Piau Ferreira desviou mais de R$ 1,2 milhão da autarquia. O dinheiro teria sido […]

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A Justiça de Goiás condenou nesta sexta-feira uma ex-servidora do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) a 5 anos e 10 meses de prisão pelo crime de peculato. De acordo com a denúncia, Marina de Fátima Piau Ferreira desviou mais de R$ 1,2 milhão da autarquia. O dinheiro teria sido usado, inclusive, no pagamento de tratamentos estéticos em uma clínica de Goiânia (GO).

Os desvios de recursos foram efetuados entre 1998 e 2007, quando Marina era coordenadora do setor financeiro do Ibama. Para realizar a fraude, a então servidora utilizou parentes, prestadores de serviço e “laranjas”.

Segundo o Ministério Público Federal de Goiás (MPF-GO), entre os gastos com dinheiro público estão mais de R$ 50 mil em tratamentos estéticos e R$ 40 mil em tratamentos odontológicos. O genro da cunhada teria recebido R$ 87 mil. Das contas bancárias de “laranjas” utilizadas no esquema, foi a do porteiro do prédio onde Marina morava que recebeu a maior quantia, de R$ 334 mil.

Em 2009, durante depoimento à Polícia Federal, o então superintendente do Ibama no Estado, Ary Soares dos Santos, explicou como foi possível a servidora realizar o desvio milionário. “Marina se valia de processo administrativo remetido ao seu setor depois de seguir todo o trâmite exigido pela Lei de Licitações e fraudava o sistema criando documentos para desviar recursos do órgão e depositando-os em contas correntes de terceiros”, disse.

Em recurso à decisão, proferida pelo juiz Leão Aparecido Alves, o MPF-GO pede o aumento da pena imposta à servidora e a alteração do regime de semiaberto para aberto. O requerimento também quer que Marina seja condenada pelo crime de lavagem de dinheiro e pague uma multa maior do que a aplicada pela Justiça – de R$ 2 mil. O procurar da República Marcello Wolff quer, ainda, que Marina devolva o valor desviado do órgão federal.

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