A secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, e o secretário do Interior norte-americano, Ken Salazar, reforçaram nesta segunda-feira, em visita a Brasília, o interesse dos EUA em investir nas áreas de energia e petróleo no Brasil, em especial na exploração do pré-sal.
O país deseja pelo menos dobrar a participação de empresas do país que atuam na área de energia no Brasil, tanto no fornecimento de maquinário como na exploração de petróleo, segundo autoridades do governo norte-americano disseram à Reuters, sem projetar o volume dos recursos a serem investidos.
Hillary, que chegou na noite de domingo a Brasília, teve um encontro privado com a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster. O tema central da conversa foi o pré-sal, onde o Brasil conta com reservas gigantes de petróleo, com grandes áreas a serem exploradas.
Elas ainda chegaram a citar o projeto de distribuição dos royalties do petróleo -cujo texto aguarda aprovação no Congresso, o que tem colaborado para o Brasil adiar novos leilões de áreas de petróleo.
“Esta oportunidade traz embutida muitas responsabilidades”, afirmou Hillary em discurso a empresários da CNI (Confederação Nacional da Indústria).
Ela afirmou ainda que os EUA e Brasil mantêm parceria estratégica em áreas de inovação tecnológica e citou o desenvolvimento de um biocombustível para aviões.
Salazar foi mais incisivo, afirmando que os EUA estão prontos para trocar experiências com o Brasil sobre exploração de petróleo em águas profundas.
Ele colocou a parceria nas áreas de óleo e gás entre os dois países como prioridade nas próximas décadas, assim como o turismo.
Tanto funcionários do governo norte-americano quanto representantes do ramo empresarial afirmaram que o caso Chevron preocupa, mas não deve afastar investidores.
A Chevron, segunda maior companhia de petróleo norte-americana, vem sendo alvo de investigações e processos judiciais após o vazamento de petróleo no campo de Frade, na bacia de Campos.