Espetáculo Paixão de Cristo é encenado nas Moreninhas
Vim para ver a encenação. Já tinha ouvido falar e quis ver de perto como é, diz jovem que assistia pela primeira vez
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Vim para ver a encenação. Já tinha ouvido falar e quis ver de perto como é, diz jovem que assistia pela primeira vez
O espetáculo Paixão de Cristo que foi encenado no bairro Moreninhas, na paróquia Maria Mãe da Igreja, juntou aproximadamente umas trezentas pessoas em frente ao local. A peça que deveria ter começado às 15h só se iniciou por volta das 16h45. A chuva que caia no bairro atrapalhou o início do espetáculo. Mas, nada que desanimasse os fiéis que aguardavam ansiosos pela peça.
Eliane Silva, atendente, vinha pela primeira vez assistir a Paixão de Cristo. Mesmo na chuva, ela esperava com a irmã. “Vim para ver a encenação. Já tinha ouvido falar e quis ver de perto como é. Mesmo se chover vou ficar até o final”.
A irmã, Tatiane Silva, conta que já veio várias vezes, e que já está acostumada com a emoção. “A primeira vez que vim, me emocionei muito. Agora já estou acostumada, mas é muito bonito”, apontou.
E é para fazer bonito, que as cerca de cem pessoas envolvidas no espetáculo trabalham. O organizador do evento, João Marcelino da Silva, conta que há 25 anos a encenação é feita no bairro. Segundo ele, no começo era tudo muito simples e poucas pessoas se envolviam. Com o passar dos anos, a peça tomou força e hoje são quase cem os que participam direta e indiretamente.
“Só atores, são 37 pessoas. Todos jovens da comunidade. Aí com a parte técnica e apoio o número vai para quase cem”, apontou.
Segundo ele, o grupo ensaiou por cerca de dois meses, sempre aos domingos, porque a maioria trabalha.
Meris Dib Neto, estudante, que faz o papel de Herodes, está atuando pela primeira vez. Tímido, ficou envergonhado enquanto conversava com a reportagem. Mas, foi se soltando e contou estar nervoso por ser a primeira vez que atua. “Ensaiei bastante, mas estou com um frio na barriga”.
Mais despachado, Leopoldo Martinez Novaes, estudante, conta que apesar de ser a segunda vez que participa a emoção é como se fosse a primeira. “É muito emocionante, a sensação é como se fosse a primeira vez. Estou nervoso”, confessou.
Acostumada com a peça, Ana Maria Pereira, contou que não perde o espetáculo. Moradora do bairro há mais de 20 anos, conta que sempre vai ver a peça e que a emoção de viver o sofrimento de Jesus nunca muda. “É muita emoção, participo todos os anos”, diz.
Depois da encenação, os fiéis vão sair em procissão pelo bairro. Eles vão percorrer as ruas Peruibe, avenida Sambaiba, ruas Anacá, Barueri, Ipamerim, Fraiburgo, Minas Nova até chegar na Igreja Matríz Nossa Senhora Aparecida, no bairro Cidade Morena.
A agenda era que a procissão acontecesse antes do espetáculo, mas com a chuva ela acabou sendo adiada para depois da peça.
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