De acordo com a Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso do Sul) ainda não há repercussões negativas sobre o recente embargo do Japão à carne bovina brasileira.

Na sexta-feira (7), o Japão suspendeu as compras do produto alegando a comprovação de contaminação pelo agente causador da EEB (Encefalopatia Espongiforme Bovina), conhecida como doença da vaca louca. O embargo aconteceu após o governo nacional ter comprovado a presença do agente da doença em análises dos restos de uma vaca morta no Paraná, em 2010.

A assessoria da Famasul informou hoje (11), que esse embargo japonês não representa muito comercialmente, já que o país praticamente só compra produtos industrializados.

Além disso, a secretária da Seprotur (Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo), Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias, tranquilizou a população do Estado e os produtores rurais quanto ao assunto.

“Temos em vigor uma lei estadual que foi promulgada em 2008 em que todos os animais que recebem ração são proibidos de receber ração com insumos de origem animal como frango, farinha de osso e farinha de carne”, contou Tereza Cristina, ao lembrar que a doença é comum em animais que não vivem em pasto.

Convém destacar, que a Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) realiza fiscalizações em todo o Estado para coibir qualquer tipo de irregularidade e garantir a sanidade animal.

Por outro lado, as autoridades alertam sobre a importância de não abrir precedente para que outros países também adotem restrições contra a exportação nacional. Pensando nisso, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento divulgou ontem (10) um comunicado afirmando que está empenhado em prestar esclarecimentos ao país asiático e às demais nações importadoras da carne bovina brasileira.

Segundo a nota divulgada na segunda-feira, o adido agrícola Brasileiro no Japão, Gutemberg Barone, prestará hoje (11) esclarecimentos ao diretor de Segurança de Importações de Alimentos daquele país, Hideshi Michino, e entregará um relatório completo sobre o caso.

Barone deve entregar ainda às autoridades japonesas ofícios de entidades internacionais validando os procedimentos de defesa sanitária animal adotados pelo Brasil. O Ministério da Agricultura também planeja visitas técnicas aos 20 principais parceiros comerciais de importação de carne.

(Com informações da Agência Brasil, Seprotur e Famasul)