Em troca de fidelidade e do apoio ao PMDB em Campo Grande, partidos da base aliada ao governador André Puccinelli (PMDB) fazem peregrinação ao Parque dos Poderes para emplacar nomes no Governo do Estado. O objetivo é acomodar parceiros que devem perder espaço com a troca de comando na Prefeitura de Campo Grande.

DEM e PDT, por exemplo, já bateram na porta de Puccinelli para discutir a ampliação da participação no governo. “Conversamos com o governador e o deixamos a vontade para definir o nosso espaço”, disse o presidente municipal do DEM, vereador Airton Saraiva.

Nos bastidores, no entanto, circula a informação de que o DEM estaria de olho no comando da Agesul (Agência Estadual de Gestão e Empreendimentos). Recentemente, Puccinelli confirmou indicar um novo superintendente para o cargo, mas não antecipou nomes.

Presidente regional do PDT, Dagoberto Nogueira também bateu à porta do governador. Segundo o próprio Puccinelli, ele não pediu o comando de nenhuma secretaria, mas apelou pela indicação de correligionários para integrarem a administração estadual.

Com cargos ainda em aberto por conta das eleições municipais, o governador planeja para o início de 2013 mudanças no primeiro escalão. Uma das promessas, inclusive, é abrir espaço para aliados no Executivo.

Sobre as mudanças previstas, ele elencou alterações em pelo menos quatro cargos. “O Procon está aberto, a Escola de Governo está aberta, a Fundação do Trabalho está aberta e a Agepan está aberta”, citou.

As pastas foram desocupadas para os respectivos titulares concorrem nas eleições municipais. “Só indiquei interinos”, disse Puccinelli para reforçar a possibilidade de os cargos serem renovados para atender indicações políticas. Sobre o secretariado, o governador também indicou novidades. “Eventualmente algum pode sair”, disse recentemente, sem dar mais detalhes.