Em Salvador, Dilma dá indireta: “não pode ter governinho”

Esperada desde o início do segundo turno, a presidente Dilma Rousseff apareceu no palanque eleitoral baiano para fortalecer a campanha de Nelson Pelegrino (PT) à prefeitura de Salvador. Durante comício na noite desta sexta-feira no bairro de Cajazeiras, a presidente manifestou o orgulho em apoiar Pelegrino e chegou a cutucar indiretamente o adversário dele na […]

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Esperada desde o início do segundo turno, a presidente Dilma Rousseff apareceu no palanque eleitoral baiano para fortalecer a campanha de Nelson Pelegrino (PT) à prefeitura de Salvador. Durante comício na noite desta sexta-feira no bairro de Cajazeiras, a presidente manifestou o orgulho em apoiar Pelegrino e chegou a cutucar indiretamente o adversário dele na disputa. “Salvador não pode ter um governinho”, afirmou, se referindo ironicamente a uma possível gestão de ACM Neto (DEM).

O evento, que estava marcado para as 18h, só começou por volta das 20h. Ao que tudo indica, os militantes do PT tiveram dificuldade de chegar à região, uma das mais acometidas pelos problemas de mobilidade que afligem a capital. Além disso, como já era esperado por causa do último capítulo da novela Avenida Brasil, da Rede Globo, a participação dos eleitores não foi expressiva. A organização do evento chegou a anunciar que exibiria um folhetim no telão, mas foi impedida pela Justiça Eleitoral.

Depois de passar por um breve constrangimento, ao chamar três vezes o bairro de “Cazajeiras” – e ser corrigida pela população -, Dilma Roussef assumiu uma personalidade entusiasmada e reforçou o discurso da campanha municipal, de que Pelegrino faz parte do seu “time”, e que por isso, será capaz de fazer mais pela cidade. “Meu governo é governo do bem. Não gosta de perseguição, de vingança. Tratamos todos com respeito, mas isso não significa que eu não sei quem faz parte do meu projeto, e essa pessoa se chama Pelegrino”, afirmou.

Antes de finalizar suas palavras, Dilma lembrou que pediu apoio para poucos candidatos em todo o país, mas que para o candidato petista de Salvador, faria isso com orgulho. A cidade, ao lado de São Paulo e Manaus, está nas prioridades do Governo Federal, já que entre as capitais, o PT só conseguiu eleger o prefeito de Goiânia no primeiro turno.

Nelson Pelegrino fez um discurso breve suas sobre propostas para melhorar a situação dos moradores de Cajazeiras, como a construção de uma avenida que ligará o conjunto de bairros à Avenida Paralela, uma das principais da cidade, e também a construção de duas Unidades de Pronto Atendimento (UPA).

Antes da presidente e do candidato, já haviam falado os ex-candidatos Márcio Marinho (PRB), Roberto Da Luz (PRTB) e Mário Kertész (sem partido), que entraram no segundo turno aliados à chapa petista. Depois deles, foi a vez da candidata a vice de Pelegrino, Olívia Santana (PT), que concentrou seu discurso na figura das mulheres e do seu poder legitimado pela chegada de Dilma à presidência.

O governador Jaques Wagner (PT) convocou os eleitores do bairro a se engajarem ainda mais na campanha até o segundo turno, dia 28 de outubro, e disse que a pesquisa divulgada nesta sexta pelo Ibope, colocando ACM Neto (DEM) oito pontos percentuais à frente de Pelegrino, está errada. “Como ele errou no primeiro turno, vai errar no segundo também. No meu instituto, Pelegrino e Olívia tem cinco pontos de vantagem”, garantiu.

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