Em nota, Fetems e Simted se manifestam solidários à família de professor morto

A Fetems (Federação dos Trabalhadores em educação de Mato Grosso do Sul) e o Simted (Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação) de Nova Andradina divulgaram na noite desta quinta-feira (28), uma nota de solidariedade à família do professor Delmiro Salvione Bone, assassinado dentro de sala em Nova Andradina na noite de hoje. O professor era […]

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A Fetems (Federação dos Trabalhadores em educação de Mato Grosso do Sul) e o Simted (Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação) de Nova Andradina divulgaram na noite desta quinta-feira (28), uma nota de solidariedade à família do professor Delmiro Salvione Bone, assassinado dentro de sala em Nova Andradina na noite de hoje.

O professor era diretor da Escola Munivipal Marcos Freire no distrito de casa verde e foi alvejado a tiros por um aluno após ministrar uma prova.

Confira a íntegra da manifestação das entidades abaixo:

    Nota de solidariedade da FETEMS a família do professor Delmiro Salvione de Nova Andradina que foi assassinado nesta quinta-feira

    A diretoria da FETEMS (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul) e do SIMTED (Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação) de Nova Andradina vem através desta nota, prestar solidariedade a família e amigos do professor, Delmiro Salvione Bone, diretor da Escola Municipal Marcos Freire, localizada no distrito de Casa Verde – MS, ele foi atingido por três tiros no final da tarde desta quinta-feira (28) por um aluno, quando embarcava em um ônibus próximo à escola onde trabalhava. Não resistiu aos ferimentos e veio a óbito.

    Enquanto entidades representativas dos trabalhadores em educação de Mato Grosso do Sul, lamentamos, estamos indignados com o ocorrido e repudiamos qualquer ato de violência nas escolas públicas e reafirmamos a necessidade da implantação de políticas públicas mais eficazes.

    Acreditamos que a violência escolar tenha vários motivos entre eles os problemas sociais, alunos desmotivados, com uma visão negativa da escola, a falta de responsabilidade social, de punições individuais e políticas educacionais que não levam em consideração as realidades locais dos professores, alunos e pais.

    A violência é um problema social que está presente nas ações dentro das escolas, e se manifesta de diversas formas entre todos os envolvidos no processo educativo. Isso não deveria acontecer, pois escola é lugar de formação da ética e da cidadania dos sujeitos ali inseridos, sejam eles alunos, professores ou demais funcionários.

    Além disso, a violência estampada nas ruas das cidades, a violência doméstica, os latrocínios, os contrabandos, os crimes de colarinho branco têm levado os jovens a perder a credibilidade quanto a viver em uma sociedade justa e igualitária, capaz de promover o desenvolvimento social em iguais condições para todos. O resultado desta situação são reações violentas, conforme o modelo social, dentro e fora da escola.

    A FETEMS defende que este tema deve ser levado para dentro da sala de aula, desde as séries inicias, pois esta é uma forma de trabalhar com um assunto controverso e presente no cotidiano das nossas vidas, oportunizando momentos de reflexão que auxiliarão na transformação social.

    Também defendemos que o poder público deve assumir a sua responsabilidade e dar condições dignas de trabalho aos educadores, pois muitas vezes a escola se torna menos atrativa, por falta de materiais pedagógicos adequadas, de modernização e infra-estrutura, além da falta de estimulo profissional, que muitas vezes é causada pela desvalorização da categoria e tudo isto reflete na sala de aula e faz com que os jovens não se sintam atraídos para os estudos e acabem se afastando cada vez mais e se envolvendo em situações como estas.

    Sabemos que a credibilidade e a confiança são as melhores formas de mostrar para as nossas crianças e jovens que é possível vencer os desafios e problemas que a vida apresenta. Esperamos e vamos continuar lutando para que tenhamos escolas livres da violência e um ensino público mais justo, humano e igualitário.

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