Após crime, proprietário recebeu denúncia de que peças roubadas estavam sendo comercializadas na Ótica Veneza e pediu para funcionário comprar uma peça

Por meio de um balanço de final de ano do proprietário da ótica Diniz, segundo o delegado Wellington de Oliveira, ele percebeu a falta de pelo menos 300 peças das marcas Dizoom, Division, DNZ, Vogue e Ray-Ban, entre outras marcas exclusivas da loja, que o crime foi descoberto.

“No dia 10 deste mês ele registrou um boletim de furto na 1° D.P. (Delegacia de Polícia). Dias depois, através de uma ligação anônima, o responsável pela loja, identificado como Ivanildo, descobriu que várias armações da marca estavam sendo comercializadas na Ótica Veneza. Ele então pediu a um funcionário para comprar um dos óculos, para materializar o crime e trouxe o fato ao nosso conhecimento”, afirma o delegado.

Ontem à tarde, por volta das 18h, segundo o delegado, o proprietário da ótica Diniz compareceu a delegacia. “Ele diz que após a descoberta do crime, um funcionário está agindo desconfiado, de forma suspeita, mas não comprovamos quem é a pessoa ou se seria uma quadrilha que estaria agindo. Até o momento, o representante da marca Diniz, um funcionário do estoque da loja da Afonso Pena, identificados como Márcio e Ismael, além de dois gerentes estão sendo investigados”, diz o delegado.

O proprietário já está na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Centro. “Ele será autuado em flagrante e terá de se explicar ao juiz, porque para mim ele está preso. Questionado, ele disse que todas as notas do estabelecimento estão na contabilidade e que não possui nenhuma em mãos. Como comerciante, ele deve saber o que está comprando e o trabalho da polícia será assim em qualquer estabelecimento este ano. Se uma marca é revendida a R$ 100 e a pessoa está comprando por R$ 50, ela deve buscar conhecer porque o desconto está tão grande e não comprar nada ilícito para revender”, afirma o delegado.

Caso condenado, a punição para o crime de receptação qualificada aos envolvidos é de dois a oito anos de prisão. A contagem dos investigadores em uma das óticas Veneza foi de 250 peças suspeitas e a perícia ainda irá analisar todo o material recolhido.