Na madrugada de 4 de julho desse ano o casal Luzia Barbosa Damasceno Costa, 25 anos, e Alberto Raghiant Júnior, 55 anos, foi morto na Avenida Três Barras, em Campo Grande. O motivo, conforme os presos envolvidos no crime, foi porque queriam levar o carro do empresário para um país vizinho, provavelmente Paraguai. Nessa madrugada mais um caso de mesma natureza com os jovens Leonardo Batista Fernandes, 19 anos e Breno Luiz Silvestrine de Araújo, 18.

No crime de 4 de julho, o empresário Alberto Raghiant e a estudante Luzia Damasceno, estavam no veículo dele, um Azira, quando foram surpreendidos pelo grupo de criminosos. Os corpos foram encontrados ao amanhecer na margem da Avenida Três Barras. Eles foram mortos com tiro na nuca e, provavelmente ajoelhados. O caso foi registrado como latrocínio.

Neidinaldo Nascimento da Silva, de 21 anos, relatou que ficou nervoso e acabou matando o empresário. Depois disso, ligou para um homem identificado como Paraná, que segundo afirma, é o mentor do roubo e contou “que tinha matado o cara”. “Então mata a mulher também”, Paraná ordenou, segundo Neidinaldo. Luzia foi encontrada abraçada a uma bolsa.

A família de Leonardo Batista Fernandes, 19, e de Breno Luigi Silvestrini de Araújo, 18, registrou boletim de ocorrência, informando o desaparecimento dos dois em Campo Grande, na noite desta quinta-feira (30). O veículo Pajero da mãe de Leonardo foi encontrado abandonado, nas proximidades do Posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF), em Corumbá (445 km de Campo Grande).

Uma mulher identificada pelo nome de Daiane foi presa em Miranda e trazida para a Capital. De acordo com a delegada Maria de Lourdes Cano, titular da Defurv, em conversa informal com a mulher estava de carona e por estar assustada, suja e com o celular de um dos rapazes recebeu voz de prisão. Ela chegou à sede da Defurv por volta das 14h dessa sexta.

Conforme ainda em depoimento informal à delegada, Daiane disse que ela, seu marido e um terceiro integrante do grupo planejaram a ação criminosa. Os dois jovens foram mortos antes de o trio viajar para Corumbá onde de lá levariam a caminhonete Pajero para a Bolívia.

Os dois foram vistos pela última vez, no Bar 21, localizado próximo da avenida Ceará com a Joaquim Murtinho, em frente a Universidade Uniderp Anhanguera na Capital.

Os amigos saíram do bar, por volta de 20h30 e não foram mais vistos. Por volta de 1h30 de sexta-feira (31), a mãe de Leonardo de 45 anos, foi informada por um sargento da Polícia Militar, que o veículo foi encontrado abandonado.

No início da tarde dessa sexta-feira a notícia que as famílias não gostariam de receber: os corpos de Leonardo e Breno foram encontrados na saída para Rochedo, na BR-262.