É fácil corromper o esporte, diz diretor de segurança da Fifa

“É fácil corromper o esporte. E o futebol é o esporte que mais tem apostas ilegais porque é o mais popular. O maior problema está na falta de cooperação internacional e nas diferentes leis dos países”, disse o australiano. “Não é porque é meu país, mas a Austrália tem uma legislação dura contra esse tipo de […]

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“É fácil corromper o esporte. E o futebol é o esporte que mais tem apostas ilegais porque é o mais popular. O maior problema está na falta de cooperação internacional e nas diferentes leis dos países”, disse o australiano.
 
“Não é porque é meu país, mas a Austrália tem uma legislação dura contra esse tipo de crime. É preciso que os governos lutem contra essas práticas”, afirmou Eaton, que cita a Interpol como uma ferramenta importante na luta contra os arranjos.
 
Segundo dados da Interpol, os lucros com apostas legais e ilegais variam entre 400 e 500 milhões de euros por ano. O sudeste asiático é um centro forte nesse tipo de ação, segundo investigação.
 
Hoje, Eaton mostrou a alguns jornalistas numa reunião que teve a participação da Folha documentos que provam arranjos de resultados. Um é de Cingapura.
 
“Nós estamos atentos a jogos arranjados em todo mundo, inclusive no Brasil e na Colômbia. Houve casos importantes na Alemanha”, afirmou Eaton, que depois tratou dos casos na Itália.
 
“Queremos que o Simone Farina seja um modelo”, disse ele sobre o atleta italiano que foi premiado pelo presidente da Fifa, Joseph Blatter, por denunciar esquema.
 
Um jornalista italiano perguntou a Eaton se a Fifa não deveria cuidar agora da segurança pessoal de Farina.
 
“Confio que as autoridades italianas estão preparadas para fazer esse trabalho, mas talvez façamos algo.”
 
Eaton disse que há informações de que jogadores estejam sendo perseguidos e até mortos pelo crime organizado, tudo fruto das apostas clandestinas. “Arranjar jogos é roubar dinheiro, é destruir vidas, carreiras.”

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