Durante reconstituição, família de deficiente diz que travesti o matou para roubar

Por solicitação do delegado titular da 4ª DP, Devair Francisco, que investiga a morte do deficiente físico Arsênio Francisco Chaves Braga, 39 anos, acontece na tarde dessa quarta-feira, 3, a reconstituição do crime, conforme a versão do assassino confesso, o travesti Jeferson da Silva Alves, que usa o nome de Darlene. A família insiste que a tese […]

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Por solicitação do delegado titular da 4ª DP, Devair Francisco, que investiga a morte do deficiente físico Arsênio Francisco Chaves Braga, 39 anos, acontece na tarde dessa quarta-feira, 3, a reconstituição do crime, conforme a versão do assassino confesso, o travesti Jeferson da Silva Alves, que usa o nome de Darlene. A família insiste que a tese de legítima defesa apresentada pelo autor não é verdade.

Na versão de Jeferson, a vítima o atacou e por isso ele revidou com uma facada. Com isso ele alimenta a tese de legítima defesa. Porém, a vítima, que tinha sequelas de uma paralisia infantil que sofreu quando ainda era criança. A doença o deixou com dificuldades de locomoção, fala e alimentação, porém o mesmo conseguia com dificuldade andar de bicicleta.

Jeferson conversou com a reportagem logo que foi conduzido para a 4ª DP na tarde dessa terça-feira, por volta das 17h, pouco tempo depois de ser apontado como autor do crime. Sem contar muitos detalhes, ele afirmou que foi contratado para um programa sexual por Arsênio e que depois do ato o rapaz se negou a pagar. Porém, a família da vítima não aceita a versão.

Conforme a irmã de Arsênio. T.M., durante o velório do rapaz uma travesti que também trabalha fazendo programas sexuais na mesma região que o autor, a Avenida Costa e Silva, revelou aos familiares que Darlene era responsável pela morte.

A testemunha chave no inquérito revelou aos familiares que estava com o travesti Darlene quando o mesmo teria dito “Vou roubar aquele bebinho” e saiu em direção a Arsênio, que estava de bicicleta. Ainda de acordo com T.M. o travesti primeiro se ofereceu para fazer um programa sexual, mas como a vítima demorou a responder pelas limitações de fala que tinha, o autor tentou pegar a carteira e o celular do rapaz.

Arsênio ainda tentou se defender e impedir que Darlene o roubasse, mas de acordo com relatos da testemunha, um usuário de drogas da região ajudou o travesti a agredir a vítima. “Um irmão foi covardemente agredido. Teve costelas quebradas. Esse monstro o matou para roubar”, disse T.M. à reportagem durante a reconstituição.

Ainda conforme a testemunha, após o crime Darlene foi até ela e disse “Acabei de fazer um cara. As coisas dele estão aqui”. A irmã de Arsênio afirma que os outros travestis que fazem programas na região não estavam contentes com a presença de Darlene nos arredores porque ele já tinha cometido vários roubos enquanto esperava por clientes.

Trajeto

Conforme a irmã de Arsênio, ele fazia tratamento numa instituição chamada Tagarela, que fica no bairro Piratininga. Como a psicóloga que o atendia passou a atender na Apae ele também mudou de local porque gostava muito dessa profissional. Por isso, usava a bicicleta para ir até a instituição, que fica perto onde aconteceu o crime. Ele voltava de um atendimento quando foi atacado.

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