Oito dias após a OAB (Ordem dos Advogados de Brasil) ingressar com uma ação na Justiça contra a permanência de presos dentro de viaturas da Polícia Militar, sem que haja o encaminhamento imediato para a Polícia Civil, a AOFMS (Associação dos Oficiais Militares Estaduais do MS) afirma que recebeu com surpresa a notícia e que “deveria ser uma vergonha este órgão prestar este papel”.

“Dizer que a PM não respeita a leis é um desfavor a sociedade. As três ocorrências em que houve demora na entrega dos presos já tinham sido explicadas anteriormente a OAB. Acredito que essa discussão seja uma briga política e de interesse de instituições históricas. Delegados que estão envolvidos na ação também são da corporação, deveríamos trabalhar como uma só instituição”, afirma o major da PM, Admilson Cristaldo Barbosa, em nome da associação.

A continuidade do processo, segundo o major, desmotiva não só policiais do alto escalão, mas também cabos e soldados que estão diretamente nas ruas e enfrentam os marginais diariamente. “Quando acontece um assalto de dois bandidos, por exemplo, e a gente prende um em flagrante, os policiais civis querem o encaminhamento imediato do acusado para a delegacia. Mas é o policial militar que está no local, diretamente envolvido com a situação”, diz o major.

Por conta da ação na justiça, o major acredita que a decisão vai acabar no STF (Supremo Tribunal Federal). “Algo que é totalmente inoportuno e que envolve decisões internas com certeza vai acabar no STF. Acredito que em breve, o comandante geral da PM, Coronel Carlos Alberto Davi dos Santos, que está de férias, irá se pronunciar”, diz o major.

Leia na íntegra o artigo da AOFMS “Eu quero o seu preso!” clicando no link abaixo.