Desde que um carregamento com 800 mil litros de gasolina comum e etanol chegou ao Estado, na tarde de ontem (25), a situação começou a se normalizar nos postos de combustíveis da Capital e do interior. A informação foi repassada pela BR Distribuidora, que afirma apenas que teve um problema de logística, sem dar detalhes do que realmente aconteceu.

De acordo com o diretor de comunicação da Sinpetro (Sindicato dos Revendedores Petrolíferos), Marcos Villalba, a prioridade é atender aqueles donos de postos que realizaram o pedido com maior antecedência ou os locais em situação mais crítica, ou seja, sem gasolina, álcool e até mesmo o diesel para a venda.

“Queremos saber agora, depois de toda essa confusão, quem vai arcar com o prejuízo dos empresários que precisam pagar duplicatas e não tiveram fluxo de caixa ou até mesmo tiveram de baixar o preço do álcool para não perder ainda mais clientes?”, questiona o diretor.

Em alguns postos de Campo Grande, como um localizado na rua Dom Aquino esquina com a rua Rui Barbosa, por exemplo, a falta de álcool ontem prejudicou ainda mais no movimento.

“O gerente já avalia uma diminuição de 60% na clientela neste período. Para carros Flex, ainda tentávamos oferecer o etanol como opção, mas quem só abastecia com gasolina já ia embora nervoso, como se a gente tivesse culpa”, lamenta o frentista Mário Batista, 46 anos.

Promoção para atrair clientes

Neste posto, por volta das 11h50 desta quinta-feira (26), um caminhão tanque com 15 mil litros chegou para suprir o atendimento pelo menos até amanhã. “O gerente pretende agora realizar uma promoção para atrair os clientes de volta”, garante Batista.

O problema esporádico da falta de combustível será discutido hoje às 16h pela diretoria da Sinpetro/MS, a portas fechadas. O órgão informou ainda que a situação ficará normalizada até o início da próxima semana.