Dinossauros sofriam de artrite há 150 milhões de anos, diz estudo

Paleontólogos da Universidade inglesa de Bristol descobriram que, como os humanos de idade avançada, os dinossauros do período jurássico Superior também sofriam de artrites há 150 milhões de anos. A pesquisa, que será publicada nesta quarta-feira na revista “Paleontologia”, foi feita a partir do fóssil de um crânio de 1,7 metro de comprimento de um […]

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Paleontólogos da Universidade inglesa de Bristol descobriram que, como os humanos de idade avançada, os dinossauros do período jurássico Superior também sofriam de artrites há 150 milhões de anos.

A pesquisa, que será publicada nesta quarta-feira na revista “Paleontologia”, foi feita a partir do fóssil de um crânio de 1,7 metro de comprimento de um pliossauro fêmea que habitou as águas há 150 milhões de anos e foi encontrado no sudeste da Inglaterra.

O estudo indica que a mandíbula do réptil marinho apresenta claros sinais de artrite, doença degenerativa das articulações que seguramente provocou sua morte.

Os pliossauros, predadores eficazes que podiam medir mais de oito metros de comprimento, tinham uma cabeça parecida com a dos crocodilos atuais, pescoço curto, corpo similar ao de uma baleia e quatro poderosas barbatanas para se movimentarem na água.

De acordo com os pesquisadores, a artrite provocou o deslocamento de partes da mandíbula do animal. Os paleontólogos acreditam que o pliossauro sofreu da doença durante anos, já que encontraram impactos dos dentes da mandíbula superior marcados sobre a inferior, provocados provavelmente durante o processo de alimentação.

“Da mesma forma que os humanos que envelhecem desenvolvem artrite nos quadris, esta velha senhora desenvolveu a doença na mandíbula e chegou a sobreviver com esta incapacidade durante um tempo”, explica uma dos autoras do estudo, a paleontóloga Judyth Sassoon.

Em último caso, a erosão dos ossos teria provocado a “ruptura da mandíbula”, fazendo com que o pliossauro “não tivesse como se alimentar e, provavelmente, essa situação o teria levado à morte”, acrescenta a pesquisadora.

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