A presidenta Dilma Rousseff disse nesta quinta-feira (26) que está superada, no Brasil, a tese de que “o bolo precisa crescer para ser repartido”. Segundo ela, a frase, cunhada pelo ex-ministro da Fazenda Delfim Netto, na década de 1960, ficou para trás graças a políticas de combate às desigualdades sociais e de crescimento econômico, iniciadas pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Dilma esteve hoje na capital fluminense em evento que comemorou a marca de 1,5 milhão de beneficiados pelo Plano Brasil sem Miséria. No Rio, foram integrados os programas de distribuição de renda Cartão Família Carioca, Bolsa Família e Renda Melhor.

Ao lado da ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, do prefeito da cidade, Eduardo Paes, e do governador do estado, Sérgio Cabral, Dilma destacou o número de beneficiados como um avanço no combate à pobreza extrema. “No passado, dizia-se que não era possível crescer e distribuir renda.

Nós todos, como sociedade, superamos essa consciência. Hoje, dificilmente alguém no Brasil pode defender que o bolo precisa crescer para ser repartido depois”, declarou. Ela ainda ressaltou que esse avanço ocorre enquanto outros países passam por “aumento da desigualdade”, principalmente na . Em referência às recentes declarações do prêmio Nobel de economia Amartya Sen sobre o Brasil, Dilma disse que as análises do economista “devem nos orgulhar”.

“Quando [ele] diz que encontramos uma maneira de fazer o crescimento ser amplamente compartilhado pela população, esse indiano sintetiza o que fazemos: estamos compartilhando e isso é o que caracteriza o nosso crescimento”. Dilma não poupou elogios ao ex-presidente Lula, que, segundo ela, é o principal responsável pela posição de prestígio do Brasil em termos de política social e econômica.

 Ela disse que foi Lula quem acabou com intermediários em programas de transferência de renda e estabeleceu que os cartões de programas de transferência de renda fossem dados às mães. O próximo passo da política social, segundo Dilma, é investir na busca ativa, para se chegar aos mais pobres.