Dilma irá aos EUA atrás de ‘know-how e inovação, não de dinheiro’
Sinal dos avanços e desafios do Brasil, a presidente Dilma Rousseff desembarcará nos Estados Unidos, na próxima semana, buscando “não dinheiro, e sim know-how e inovação”, nas palavras do presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Mauro Borges Lemos. Em um seminário na capital americana, Washington, Borges Lemos transmitiu a mensagem de que o […]
Arquivo –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
Sinal dos avanços e desafios do Brasil, a presidente Dilma Rousseff desembarcará nos Estados Unidos, na próxima semana, buscando “não dinheiro, e sim know-how e inovação”, nas palavras do presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Mauro Borges Lemos.
Em um seminário na capital americana, Washington, Borges Lemos transmitiu a mensagem de que o Brasil tem recursos para investir no seu próprio desenvolvimento – mas precisa de parceiros internacionais, como os EUA, para fazer maior progresso nas áreas de educação, pesquisa e desenvolvimento, cruciais para o crescimento sustentável.
“Nosso problema não é de financiamento e sim de tecnologia”, disse o executivo, apontando que o país pode contar com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da agência Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) para impulsionar projetos industriais.
De uma nação endividada que era há apenas algumas décadas, o Brasil conquistou o sexto lugar entre as maiores economias do mundo. Entretanto, o país investe apenas cerca de 1% do seu PIB em pesquisa e desenvolvimento, segundo dados da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
É cerca da metade do que investem os países desenvolvidos. Segundo Borges Lemos, o Brasil hoje tem cerca de 1,5 mil empresas “de classe mundial”, que podem ser um canal importante de aporte de know-how. Mas só a qualificação da mão-de-obra nacional permitirá um aumento da produtividade de forma sustentada.
Ênfase no conhecimento
Por isso, a questão dos intercâmbios – de pessoas e de ideias – será central na visita que a presidente Dilma Rousseff fará aos EUA nos próximos dias 9 e 10 de abril. Mesmo com um calendário apertado, a presidente fez questão de manter sua visita à cidade de Boston, sede do MIT (Massachusetts Institute of Technology) e da Universidade de Harvard, ambas instituições de ensino mundialmente reconhecidas.
Dilma promoverá o programa Ciência Sem Fronteiras, que tem como meta conceder 75 mil bolsas de estudos até 2015, a grande maioria para alunos e pesquisadores brasileiros estudarem no exterior. Serão destinados R$ 3,2 bilhões para o programa e o governo quer que a iniciativa privada conceda outras 26 mil bolsas de estudo, elevando o total para 101 mil.
Brasil e EUA já vêm realizando conjuntamente desde o governo anterior, sob Luiz Inácio Lula da Silva, uma série de oficinas voltadas para acelerar a troca de conhecimento e tecnologia entre empresas e universidades dos dois países, os chamados Laboratórios de Aprendizado em Inovação Brasil-EUA. Treze já foram realizados, o último deles em novembro do ano passado, em Porto Alegre.
Gargalos
Borges Lemos falou durante um seminário promovido pelo Brazil Institute e o US-Brazil Business Council para discutir o Plano Brasil Maior, de incentivo à indústria nacional.
De 1995 para 2011, a participação da indústria na economia brasileira caiu de 16,25% para 12,44% do PIB, segundo os dados da ABDI, e o objetivo do Plano Brasil Maior é “oferecer um alívio para a indústria”, segundo Borges Lemos.
Anunciado em agosto do ano passado, o Plano Brasil Maior inclui medidas para desonerar o investimento e as exportações, incentivar as pequenas empresas, elevar o financiamento para a inovação e incentivar o consumo do produto made in Brazil, entre outros aspectos.
Entretanto, Borges Lemos reconheceu que o Brasil ainda tem muitos desafios estruturais para resolver a fim de melhorar a produtividade da indústria nacional e crescer de forma sustentada. Entre estes desafios estão o peso das aposentadorias sobre os gastos do Estado, os altos custos trabalhistas, a carga tributária, hoje em mais de 35% do PIB, e as taxas de juros, que caíram de 26,5% em 2003 para 9,75% agora, mas ainda continuam entre as mais altas do mundo.
Notícias mais lidas agora
- Chuva chega forte e alaga ruas da região norte de Campo Grande
- Há 13 anos, casa no bairro Santo Antônio é decorada por Elizabeth com enfeites únicos de Natal
- Pais são presos após bebê de 2 meses ser queimado com cigarro e agredido em MS
- VÍDEO: Moradores denunciam mulher por racismo e homofobia em condomínio: ‘viadinho’
Últimas Notícias
Taxas avançam com mensagem dura do Copom e pessimismo fiscal
Em meio ainda à maior cautela no ambiente externo
Câmara aprova fim da cobrança de roaming entre países do Mercosul
O texto segue para análise do Senado
Rompimento de fibra ótica deixa serviços de prefeitura em MS fora do ar
Prefeitura de Corumbá ficou com serviços fora do ar nesta quinta
Natal: instituto identifica itens da ceia com peso abaixo do anunciado
A Operação Pente Fino Natal fez a verificação entre 25 de novembro e 6 de dezembro
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.